Ocorre algo que não partiu do
espiritismo, mas que atinge o espiritismo que, mesmo sem ter culpa daquilo que
o acusam, é bombardeado por acusações falsas e ridículas que partem não mais da
Igreja Católica, majoritária na época de Kardec e que via no Espiritismo
nascente uma ameaça a sua primazia. Parte agora das dezenas, talvez centenas de
denominações evangélicas que igual a Igreja Católica do século 19, acusa, por má-fé,
o espiritismo. Só que com uma desvantagem em relação a Igreja Católica do século
19. É que a ICAR tinha contra si uma doutrina nova e para eles desconhecida,
mas as denominações evangélicas, nascidas na década de 70 do século 20, a
maioria e as históricas, nascidas um pouco antes, atacam uma doutrina já
solidificada e estruturada na mente dos espíritas (ainda que essa estruturação
não seja a doutrinariamente mais correta na mente da maioria dos espíritas).
É verdade que com a doutrina espírita
eles não acusam diretamente, mas agem subrepticiamente, se aproveitando de outras
doutrinas tipo umbanda e candomblé a que chamam de “espiritismo” tambem sem o
serem, e o igualam a magia e feitiçaria e pior, nos chamam de algo que nem
existe mais, a não ser nas paginas vestutas, da Bíblia: de necromantes. Desse
modo, para os pastores evangélicos (manipuladores na maioria dos casos e mal
informados na menor parte) nós, espíritas, assim como os pais e mães de santo,
cartomantes, quiromantes, quero amantes, e etc, somos todos feiticeiros,
praticantes de magia e invocamos os mortos quando queremos e os mortos, que
para eles são demônios vem. Quer dizer, você, sua mãe, sua filha, quando
morrerem serão não espíritos e sim demônios. E se for invocado em um centro
espírita e você “baixar invocado” aí não haverá mais duvida: é demônio mesmo.
Brincadeiras a parte, é que eles não
entendem o significado de “demônio” quer
dizer. Para os pastores, demônio é um ser criado para o mal, para nos perturbar,
uma espécie de anti-deus. Está sempre sendo “amarrado em nome de Jesus”, mas na reunião seguinte já está solto,
tanto que o pastor fala, e é seguido pelos fieis: “está amarrado em nome de Jesus!” Jesus podia usar uma corda mais
forte pra amarrar o capeta né? Ou um fogo mais potente pro famoso “queima, Jesus”. Afinal, segundo eles,
o demonio vem de um lugar quente não? Já deve estar acostumado.
Brincadeiras a parte (eu já disse
isso né, mas não resisti). Vejamos o que
O Livro dos Espíritos fala sobre demônios na questão 131:
Há demônios, no sentido que se dá a essa
palavra?
– Se houvesse demônios, seriam obra de
Deus. Deus seria justo e bom por ter feito seres eternamente devotados ao mal e
eternamente infelizes? Se há demônios, é no vosso mundo inferior e em outros
semelhantes ao vosso. Demônios são esses homens hipócritas que fazem de um Deus
justo um Deus mau e vingativo e acreditam que Lhe agradam pelas abominações que
cometem em Seu nome.
Comentário de Kardec:
A palavra demônio nos dias atuais
significa e nos dá idéia de mau Espírito, porém a palavra grega daimôn, de onde
se origina, significa gênio, inteligência, e se emprega para designar seres
incorpóreos, bons ou maus, sem distinção.
Os demônios, conforme o significado
comum da palavra, supõem seres malvados por natureza, na sua essência. Seriam,
como todas as coisas, criação de Deus. Assim sendo, Deus, soberanamente justo e
bom, não pode ter criado seres predispostos, por sua natureza, ao mal e
condenados por toda a eternidade. Se não fossem obra de Deus, seriam,
forçosamente, como ele, de toda a eternidade, ou então haveria muitos poderes
soberanos.
A primeira condição de toda doutrina é
a de ser lógica. A doutrina dos demônios, cuidadosa e severamente analisada,
peca por essa base essencial. Pode-se compreendê-la na crença dos povos
atrasados que, por não conhecerem os atributos de Deus, crêem em divindades
maldosas e em demônios. Mas, para todo aquele que faz da bondade de Deus um
atributo por excelência, é ilógico e contraditório supor que Deus pudesse criar
seres voltados ao mal e destinados a praticá-lo perpetuamente, porque isso é
negar Sua bondade. Os partidários do demônio se apóiam nas palavras do Cristo.
E com toda certeza não contestaremos aqui a autoridade de Seu ensinamento, que
gostaríamos de ver mais no coração do que na boca dos homens. Mas os
partidários dessa idéia estarão certos do significado que o Cristo dava à
palavra demônio? Já não sabemos que a forma alegórica é a maneira usual de Sua
linguagem? Tudo que é dito no Evangelho deve ser tomado ao pé da letra? Não
precisamos de outra prova mais evidente além desta passagem:
“Logo após esses dias de aflição, o Sol
se escurecerá e a Lua não mais iluminará, as estrelas cairão do céu e as forças
do céu serão abaladas. Eu vos digo em verdade que esta geração não passará sem
que todas essas coisas sejam cumpridas.”
Não vimos a forma do texto bíblico ser
contestada pela ciência no que se refere à Criação e ao movimento da Terra? Não
se dará o mesmo com certas figuras empregadas pelo Cristo, tendo que falar em
conformidade com os tempos e os lugares? O Cristo não poderia dizer,
conscientemente, uma falsidade; se, então, em suas palavras há coisas que
parecem chocar a razão, é porque não as compreendemos ou as interpretamos mal.
Os homens fizeram com os demônios o que
fizeram com os anjos.
Da mesma forma que acreditaram na
existência de seres perfeitos desde toda a eternidade, tomaram também por
comparação os Espíritos inferiores como seres perpetuamente maus. Pela palavra
demônio devem-se entender Espíritos impuros que, muitas vezes, não são nada
melhores do que o nome já diz, mas com a diferença de que seu estado é apenas
transitório. Esses são os Espíritos imperfeitos que se revoltam contra as
provas que sofrem e, por isso, as sofrem por um tempo mais longo; porém,
chegarão a se libertar e sair dessa situação quando tiverem vontade. Podemos,
portanto, compreender a palavra demônio com essa restrição. Mas, como se
entende agora, com um sentido peculiar e muito próprio, ela induziria ao erro,
fazendo acreditar na existência de seres especialmente criados para o mal.
Com relação a Satanás, é evidentemente
a personificação do mal sob uma forma alegórica, porque não se poderia admitir
um ser mau lutando em igualdade de poder com a Divindade e cuja única
preocupação seria a de contrariar seus desígnios. Como o homem precisa de
figuras e imagens para impressionar sua imaginação, o próprio homem pintou
seres incorpóreos sob uma forma material, com os atributos que lembram as
qualidades e os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar
o Tempo, pintaram-no na figura de um velho com uma foice e uma ampulheta. A
figura de um jovem para essa alegoria seria um contra-senso. Ocorre o mesmo com
as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Modernamente os anjos ou Espíritos
puros são representados numa figura radiosa, com asas brancas, símbolo da
pureza; Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das
paixões inferiores. O povo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses
emblemas individualidades reais, como antigamente viu Saturno na alegoria do
Tempo.
Esse que voces acabaram de ler, na tabua, é verdadeiro significado de demônio que não tem nada, absolutamente nada, a ver com capeta ou Satanás, que nem mesmo existe. E o “demonio” foi utilizado pelos B.A (Bibliólatras Anônimos) para ir contra a doutrina espírita. Vamos derrubar algumas delas.
Primeiramente na proibição feita por
Moises ao povo hebreu de se consultar
os mortos:
Quando entrares na terra que o
Senhor teu Deus te der, não apreenderás a fazer conforme as abominações
daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho
ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem
quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao
Senhor; e por tais abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti.
Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de
possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu
Deus não permitiu tal cousa. (Dt 18,9-14).
As três passagens acima dizem
respeito à adivinhação e à necromancia – que é um tipo de adivinhação, conforme
explicação, já citada, do dicionário –, devemos observar que elas se encontram
entre as proibições. A preocupação central era proibir qualquer tipo de coisa
relacionada à adivinhação, não importando por qual meio fosse realizada, como
fica claro pela última passagem onde se diz “... estas nações, .... ouvem os
prognosticadores e os adivinhadores...”, reunindo assim todas as práticas a
essas duas.
Por outro lado, a grande questão
a ser levantada é: os mortos atendiam às evocações ou não? Se não, por que da
proibição? Seria ilógico proibir algo que não acontece. Teremos que tentar
encontrar as razões de tal proibição. Duas podemos destacar.
A primeira é que consideravam
deuses os espíritos dos mortos, mais à frente iremos ver sobre isso, quando
falarmos de 1Sm 28. Levando-se em conta que era necessário manter, a todo
custo, a idéia de um Deus único, Moisés, sabiamente, institui a proibição de
qualquer evento que viesse a prejudicar essa unicidade divina. As consultas
deveriam ser dirigidas somente a Deus, daí, por forças das circunstâncias,
precisou proibir todas as outras.
A segunda estaria relacionada ao
motivo pelo qual iam consultar-se aos mortos. Normalmente, eram para coisas
relacionadas ao futuro, como no caso de Saul que iremos ver logo à frente, ou
para situações até ridículas, quando, por exemplo, do desaparecimento das
jumentas de Cis, em que Saul, seu filho, procura um vidente, para que ele
dissesse onde poderiam encontrá-las.
Vejam que que Moises proibia, Kardec também não
permitia, que era usar as comunicações mediúnicas com o fim de curiosidade.
Agora Moisés permitia a existência de médiuns (chamados de profetas) que
usassem condignamente a mediunidade, no meio dos hebreus. Vejamos em Nm.11,
24:30:
“Moisés saiu e disse ao povo as
palavras de Iahweh. Em seguida reuniu setenta anciãos dentre o povo e os
colocou ao redor da Tenda. Iahweh desceu na Nuvem. Falou-lhe e tomou do
Espírito que repousava sobre ele e o colocou nos setenta anciãos. Quando o
Espírito repousou sobre eles, profetizaram; porém, nunca mais o fizeram.
Dois homens haviam permanecido no
acampamento: um deles se chamava Eldad e o outro Medad. O Espírito repousou
sobre eles; ainda que não tivessem vindo à Tenda, estavam entre os inscritos.
Puseram-se a profetizar no acampamento. Um jovem correu e foi anunciar a
Moisés: “Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão profetizando no
acampamento”. Josué, filho de Nun, que desde a sua infância servia a Moisés,
tomou a palavra e disse: “Moisés, meu senhor, proíbe-os!” Respondeu-lhe Moisés:
“Estás ciumento por minha causa? Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta,
dando-lhe Iahweh o seu Espírito!” A seguir Moisés voltou ao acampamento e com
ele os anciãos de Israel.”
Essas passagens comprovam que a
Bíblia era favorável a mediunidade, mas os evangélicos insistem dizendo que os
espíritos não podem se comunicar e em seu lugar quem se comunicava era o
capeta. Então pra que Deus proibiu os espíritos dos mortos de responderem se
eles não podiam????? Já vimos que o que se proibia era uso das evocações para adivinhações apenas.
Temos a evocação do espírito do
profeta Samuel feita pelo rei Saul, em 1Sm 28,3-19:
“Samuel
tinha morrido. Todo o Israel participara dos funerais, e o enterraram em Ramá,
sua cidade. De outro lado, Saul tinha expulsado do país os necromantes e
adivinhos. Os filisteus se concentraram e acamparam em Sunam. Saul reuniu todo
o Israel e acamparam em Gelboé. Quando viu o acampamento dos filisteus, Saul
teve medo e começou a tremer. Consultou a Javé, porém Javé não lhe respondeu,
nem por sonhos, nem pela sorte, nem pelos profetas. Então Saul disse a seus
servos: "Procurem uma necromante, para que eu faça uma consulta".
Os servos responderam: "Há uma necromante em Endor".
“Saul se disfarçou, vestiu roupa de outro, e à
noite, acompanhado de dois homens, foi encontrar-se com a mulher.
Saul disse a ela: "Quero que você me
adivinhe o futuro, evocando os mortos. Faça aparecer a pessoa que eu lhe
disser".
A mulher, porém, respondeu: "Você sabe o que fez Saul,
expulsando do país os necromantes e adivinhos. Por que está armando uma cilada,
para eu ser morta?" Então Saul jurou por Javé: "Pela vida de Javé,
nenhum mal vai lhe acontecer por causa disso"
. A
mulher perguntou: "Quem você quer que eu chame?" Saul respondeu: "Chame
Samuel". Quando a mulher viu Samuel aparecer, deu
um grito e falou para Saul: "Por que você me enganou? Você é Saul!" O
rei a tranqüilizou: "Não tenha medo. O que você está vendo?" A mulher
respondeu: "Vejo um espírito subindo da terra". Saul perguntou:
"Qual é a aparência dele?" A mulher respondeu: "É a de um ancião
que sobe, vestido com um manto".
Então
Saul compreendeu que era Samuel, e se prostrou com o rosto por terra. Samuel perguntou a Saul: "Por
que você me chamou, perturbando o meu descanso?" Saul respondeu:
"É que estou em situação desesperadora: os filisteus estão guerreando
contra mim. Deus se afastou de mim e não me responde mais, nem pelos profetas,
nem por sonhos. Por isso, eu
vim chamar você, para que me diga o que devo fazer". Samuel respondeu:
"Por que você veio me consultar, se Javé se afastou de você e se tornou
seu inimigo? Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por
mim: tirou
de você a realeza e a entregou para Davi. Porque você não obedeceu a Javé e não
executou o ardor da ira dele contra Amalec. É por isso que Javé hoje trata você
desse modo. E Javé vai entregar aos filisteus tanto você, como seu povo Israel.
Amanhã mesmo, você e seus filhos estarão comigo, e o acampamento de Israel
também: Javé o entregará nas mãos dos filisteus".
Os evangélicos não admitem que
foi o espírito de Samuel que se manifestou, dizem que foi um demônio enganador
que se passava por Samuel. Argumento primarissimo de, me desculpem, gente
primaria, pois é um argumento facilmente desmontável pelo que eles mesmos
dizem. Eles dizem na sua credulidade que o demônio veio para enganar mentir , matar e roubar, certo?
E o que eles dizem. Então me digam:o “demônio” disfarçado de Samuel não falou
exatamente o que aconteceria na guerra com os filisteus? Se o demônio veio para
mentir e enganar por que esse, Samuel, falou a verdade para Saul? Resposta:
porque era o espírito de Saul mesmo.
Terminaremos o rol de
interpretações forçadas pelos evangélicos para desacreditar o espiritismo falando
de reencarnação, que eles não admitem. Só aceitam a tal ressurreição. Crêem que
todos os quintilhoes de seres que viveram na Terra, morreram, os corpos viraram
pó e dormem um tipo de sono a espera da trombeta soar no dia do julgamento
final. Seria interessante ver os quintilhoes de pessoas brigando pelos átomos
de seus ex-corpos: “Pera lá,deixa esse átomo aí que é meu. Preciso dele para
ter meu corpo completo pra comparecer no Juízo”.
E tal encontra replica no Novo
Testamento. Paulo de Tarso diz em Hb, 9,27 que “ao homem está ordenado morrer
uma só vez” Verdade. O homem, corpo físico que enverga em uma única encarnação,
está ordenado morrer uma so vez, mas as diversas encarnações que um espírito
pode ter, morre quantas vezes a encarnação A, B, C, n+1... tiver fim.
E encontramos a contraprova no
próprio Novo Testamento, pois se ao homem estivesse mesmo ordenado morrer uma
so vez, então os evangélicos tem em Jesus um que não cumpriu esse ordenamento,
pois:
- Jesus ressuscitou filho da viúva de Nahim;
- Jesus ressuscitou a filha de Jairo;
- Jesus ressuscitou Lázaro;
- O próprio Jesus ressuscitou.
Reencarnar não pode, o evangélico
não admite, mas ressuscitar pode, embora pra ressuscitar, “pensemos” como eles,
é preciso ter morrido antes, né? A “explicação” que os evangélicos arrumam não
explica nada, apenas complica mais. O que seria deles se não fosse uma coisa
chamada “fé cega”?
Mas, apesar disso tudo, nós, espiritas somos feiticeiros e magos e acusados de manter contato com os demônios, mas nós, não perdemos tempo tentando ofender os evangélicos chamando-os de adoradores do demônio, como eles fazem conosco ou de idolatras, como eles se referem aos católicos, o papel do espírita deve ser segundo a questao 841 do Livro dos Espíritos:
"Devemos,
por respeito à liberdade de consciência, deixar que se propaguem as doutrinas
perniciosas ou podemos, sem atentar contra essa liberdade, procurar conduzir
para o caminho da verdade os que se desviaram para falsos princípios?
— Certamente
se pode e mesmo se deve; mas ensinai, a exemplo de Jesus, pela doçura e
persuasão e não pela força, porque seria pior que a crença daquele a quem
desejásseis convencer. Se há alguma coisa que possa ser imposta é o bem e a
fraternidade, mas não acreditamos que o meio de fazê-lo seja a violência: a
convicção não se impõe"
Ou seja, é papel do espírita, com
base na caridade, tentar trazer para a verdade e com a verdade, os que se
desviaram para falsos princípios.
E na questão 842 diz:
Por que indícios se poderá reconhecer,
entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da
verdade, a que tem o direito de se apresentar como tal?“
- Será aquela que mais homens de bem e
menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza
e na sua mais ampla aplicação. Esse o sinal por que reconhecereis que uma
doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião
e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de
ser falsa e perniciosa.”
Enfim, essa parte me lembra a
pergunta que me tem sido feita: qual dos dois está certo? O auto-nomeado Bispo
Edir Macedo, da IURD ou o auto-proclamado Apóstolo Valdomiro Santiago, da IMPD,
que entraram numa batalha de acusações mutuas. Respondo dizendo que não se
trata de quem está certo e sim de quem está errado, ou seja, os dois. Pois
lembrando a frase, que cabe bem no caso: “Em casa onde falta o pão, todos
brigam e ninguem tem razao”
E lembrando
Jesus: “Todo reino dividido contra si mesmo
é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.”
O meu cuidado, como autor de blog
espírita, é, não com igrejas evangélicas,
mas sim com o espiritismo, que sob certa forma, já começa a se dividir
enquanto movimento: FEB, CEPA, Pensamento Social Espírita (PENSE), NEFCA e
movimentos ligados ao chiquismo. Quanto tempo levará até que esses e outros órgãos
comecem com as acusações mutuas? Bom, já chamam o espiritismo, alguns, de “espiritismo evangélico”. Então,
para repetir as acusações internas que já se vislumbra nas igrejas evangélicas não
custa.
Na verdade o espirita é o único que odeia fraternalmente.
ResponderExcluirA doutrina foi espicaçada lá no inicio quando chegou ao Brasil, e foi adotada por ex-católicos que se tornaram espiritólicos.
Desta mistura marginal temos o resultado no dia a dia das sociedades espiritas, onde o estudo e a reflexão não são bem vindas, mas antes o tal atendimento fraterno.
A doutrina virou um salseiro esotérico, onde tudo é permitido e bem vindo, em nome do amor e da caridade.
Caridade que as vezes falta, em casa com o irmão, as vezes até o pai e a mãe, mas na sociedade espirita é defendido a unhas e dentes.
Mas vai ver se a grande maioria que se diz espirita, frequenta salas de debates, não são sempre os mesmos, a maioria esta trocando mensagens consoladoras, orações de curas, palestras de libertação e assim como os evangelicos, já temos até reunião de cura.
Sim curandeirismo no espiritismo, temos pomadas que limpam o astral e outras coisinhas.
Fica a questão, como dizer para quem não é espirita, o que é, e o que não é, espiritismo?