Reedição unificada de artigo pelo 1 ano do blog e por ser o mesmo muito antigo e poucos o terem lido.
- "Eu
não acredito nas pessoas, eu acredito nas evidências. Pessoas mentem,
evidências não." – Gil Grissom (CSI)
Nesse estudo que tem inicio agora, investigaremos as
cenas dos crimes de lesa-doutrina praticados contra o espiritismo desde a
França até o Brasil de hoje e os responsáveis por eles e mesmo que algumas
pessoas não considerem “crimes”, apenas por eles não entenderem como tal, temos
que, nessa nossa comparação com a lei penal “A ignorância ou má interpretação
da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das
sanções nelas estabelecidas.”, pois em outra comparação se assemelha, a lesa-doutrina
aos casos de imperícia, imprudência e negligencia por parte de quem médium ou
não, cria o boato ou por parte do espírita que espalha apressadamente a
inverdade, sem antes atentar a para a orientaçao de Erasto ou seja, “melhor
rejeitar 9 verdades do que aceitar uma mentira”, mas como quase com certeza
nunca leram nada do que Erasto disse, passam batido e ignoram a mentira e a
aceitam como se verdadeira fosse, espalhando-a e como dizem os árabes da novela
“O Clone”, “espalham a corrupção sobre a Terra”, isto é, corrompem o verdadeiro
ensinamento doutrinário e fazem “a exposição da figura na Medina” do(s)
médium(s) que primeiro lesaram o conhecimento das pessoas sobre a Doutrina e
que como elas agiram imprudentemente, com negligencia e imperícia. Quanto
Haram! Sorte deles que “o mármore do inferno” não existe (e nem o umbral
também).
ROUSTAING
Nosso desfile de lesadores
da doutrina começa por Jean Baptiste Roustaing, que escreveu o livro “Os Quatro
Evangelhos”, o primeiro cavalo de tróia ocultado no seio da doutrina, nem tanto
pelo seu autor, pois passaria despercebido em breve tempo, mas muito mais pelos
brasileiros da Federação Espírita Brasileira, que abraçaram tal obra, dando-lhe
sobrevida e tempo para o câncer crescer, se espalhar e espalhar inverdades que
hoje, a maioria dos espíritas que não gostam de raciocinar, engolem sem saberem
a origem ou sem sequer terem ouvido falar em Roustaing.
Roustaing, antes de 1861, se honrava de ser espírita,
chegando inclusive a trocar cartas fraternas com Kardec, a quem chamava de
honrado Mestre e honrado Chefe espírita, mas a certa altura, mudou completamente
de atitude, pois dizia, fora avisado mediunicamente de quando deveria publicar
o material psicografado por Madame Colignon e tal se deu ao mesmo tempo em que
deixou de se corresponder com o honrado Mestre, como chamava a Kardec, a quem
nada dissera sobre o aviso mediúnico que recebera.
É o próprio Roustaing quem
diz:
“Em dezembro de 1861”,
- prossegue ele – “foi-me sugerido ir à casa de Mme. Collignon, que eu não
tinha a satisfação de conhecer, e a quem devia ser apresentado para apreciar um
grande quadro mediunicamente desenhado (...) Lá fui. Oito dias depois voltei à
casa de Mme. Collignon, com o intuito de lhe agradecer o acolhimento que me
dispensara antes (...) No momento em que me preparava para sair, Mme. Collignon
sentiu na mão a impressão e agitação fluídicas, indicadoras da presença de um
Espírito desejoso de se manifestar. (Ela ficou na dúvida, sem saber se deveria
escrever ou não). A instâncias minhas, condescendeu em se prestar à
manifestação mediúnica. Então, no mesmo instante, sua mão, fluidicamente
dirigida, pôs-se a escrever uma mensagem que foi assinada pelos Espíritos dos
Evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, que estavam ali assistidos pelos
Apóstolos ...”
Ora, Roustaing também nunca
dissera a Kardec que fora graças a instancias suas que Madame Collignon
psicografara as mensagens do que seria “Os 4 Evangelhos”, que “humildemente”
chamara de “A Revelação da Revelação” ou de “A Quarta Revelação”, ou seja,
subrepticiamente, Roustaing queria dizer que fizera uma revelação que superava
a terceira revelação codificada por Kardec. E anos mais tarde, um espírito, de
cunho claramente roustainguista, por intermédio de um médium brasileiro, apesar
de Roustaing ter feito tudo a revelia de Kardec, seu honrado chefe espírita,
ainda tem a coragem de chamar Roustaing, de coadjutor de Allan Kardec, na obra
do Espiritismo. Ainda bem que Kardec não escolhera Roustaing como auxiliar.
Allan Kardec só veio a tomar
conhecimento do trabalho de Roustaing, quando este, em meados de 1866, ou seja,
em junho desse ano, lhe enviou a obra “Os Quatro Evangelhos”, ou “Revelação da
Revelação”, que acabara de publicar.
Kardec leu, encontrou alguma
coisa boa nas explicações dadas pelos Espíritos que se comunicaram através da
mediunidade de Madame Collignon, mas, no seu conjunto, não gostou nada,
considerando-as “opiniões pessoais” dos Espíritos que as formularam. Deveriam,
pois, “passar pela sanção do controle universal”. Por isso mesmo, “até mais
ampla confirmação, não poderiam ser consideradas como partes integrantes da
Doutrina Espirita”. (Ver “Revista Espirita” de junho de 1866 – Edicel, pág.
180).
E não era pra menos que
Kardec nao gostara, pois o conteudo de “Os 4 Evangelhos” pela falta de
bom-senso e por não seguir o controle universal dos espíritos. O livro dizia e
defendia coisas como:
- O corpo fluídico de Jesus,
ou seja, para Roustaing, Jesus teria tido um corpo aparente, isto é, não teria
encarnado. Logo, toda a vida, nascimento e morte de Jesus seria uma farsa, um
simulacro indigno de Jesus, como diria Kardec.
- Nossas existências se
dariam apenas e tão somente na espiritualidade, onde evoluiríamos e só
cairíamos no ciclo reencarnatorio, ao errarmos pela primeira vez na
espiritualidade e reencarnaríamos como criptógamos carnudos, ou seja, como lesmas
carnudas. Quer dizer, uma metempsicose disfarçada.
Mas, a coisa pioraria se é
que isso é possível, pois Roustaing “mordido” por Kardec não ter aprovado “Os 4
Evangelhos” e ter dito que Roustaing “em vez de proceder por gradação, quis
atingir o fim de um salto”, o advogado Jean-Baptiste Roustaing deixara escrito
um prefacio para ser publicado após a morte de Kardec. E foi publicado, mas
após a morte de Amelie Boudet, a senhora Kardec e também da própria morte do
autor de “Os 4 Evangelhos”. Só posso pensar em covardia de Roustaing, pois não
quis enfrentar Kardec e nem a viuva deste e deixou a seus discípulos a tarefa
de publicar seu despeito mal educado..
Aqui o link do site do
companheiro Sergio Aleixo com boa parte do prefacio escrito por Roustaing para
ser publicado por seus discípulos após morte de Kardec:
PIERRE
GAËTAN LEYMARIE
Este é o caso,
não de lesão causada por má-fé, mas um exemplo de como a falta de firmeza de
princípios e tolerância excessiva pode ser prejudicial e lesiva a doutrina.
O texto abaixo foi
tirado do pdf escrito pelo companheiro Artur Felipe Azevedo:http://www.4shared.com/document/f0uwlJjP /Espiritismo_x_Ramatisismo_2011.html
“Con forme se póde
claramente notar em escritos, documentos e depoimentos da época, o Codificador
era rigoroso no cumprimento das disposições estatutárias e na disciplina na
condução das atividades aí realizadas. Exigia de todos os participantes extrema
seriedade e isso contribuiu para dar muita credibilidade à instituição e aos
seus pronunciamentos acerca dos assuntos tratados. Era extremamente prudente e
austero nos pareceres exarados e nunca permitiu que a Sociedade se tornasse
arena de controvérsias e debates estéreis, geralmente fomentados por indivíduos
interessados em desviarem o Espiritismo dos rumos estabelecidos nas obras da
Codificação.
Com o desencarne de Allan
Kardec em 1869, vitimado por um aneurisma, um de seus colaboradores mais
diretos, Pierre Gaëtan Leymarie, passou a exercer as funções de redator-chefe e
diretor da .Revue Spirite. (1870 a 1901) e gerente da .Librairie Spirite. (1870
a 1897). No entanto, sem as mesmas credenciais do Codificador e por seu
excessivo espírito de tolerância, não foi capaz de obstruir a ação de (pseudo)
adeptos que desvirtuaram a finalidade da Revista, abrindo suas páginas à
propaganda de filosofias espiritualistas, inclusive à de Roustaing, que diverge
do Espiritismo. Houve, ao mesmo tempo, o desvirtuamento das finalidades da
Revista Espírita, em que foi oferecido .terreno livre a lutadores de todas as
correntes com a condição de que defendessem causas espiritualistas ou de ordem
essencialmente humanitária e moral, expondo-se assim às críticas acirradas de
uns, às acusações ou descontentamento de outros...., conforme conta na obra
.Processo dos Espíritas. (ed. FEB, 1977, págs. 22/23 da 2ª edição). Nesses .lutadores
de todas as correntes. incluíam-se adeptos do Orientalismo, como teosofistas,
budistas, ocultistas, esotéricos, etc., como consta da obra .Allan Kardec.
(FEB, vol. III) de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen.
Esta é, portanto, a causa do
desaparecimento do Espiritismo na França. O sincretismo, a miscelânea do
Espiritismo com outras correntes espiritualistas, desfigurando por completo a
prática espírita, que até hoje é confundida, na França e em praticamente toda a
Europa, com toda a sorte de superstições, como a astrologia, quiromancia,
feitiçaria, bruxaria, etc”
Como vemos, os misticismos
já ocorriam na França e foram causa de extinção espírita na Europa como um
todo. Seremos místicos no Brasil tambem e assisitiremos mais uma extinção aqui?
BEZERRA DE MENEZES
Ninguém aqui nega que Bezerra tenha sido um espírito de bom coração, que tenha feito jus ao epíteto de “medico dos pobres”, mas ninguém disse tambem que ser bondoso, mesmo que extremamente bondoso, faz com que a pessoa tenha atitudes lógicas e inteligentes. E embora a escolha seja algo inteiramente pessoal, não há como negar que Bezerra fez uma escolha ilógica e cheia de contradições e pior, impingiu essa escolha a toda uma coletividade de espiritas, cujos efeitos se fazem sentir até hoje na relação dos espiritas, com uns aprovando o que veio de incoerência depois, pensamentos herdeiros do roustainguismo e outros discordando sensatamente de pensamentos incoerentes e se posicionando pela coerência doutrinaria.
Em outras palavras, Bezerra deixou que uma questão de gosto pessoal “estragasse” o movimento espírita por décadas, fazendo ter inicio um cisma entre os espíritas até hoje, que passou por uma disputa entre os cientificistas, liderados por Angeli Torterolli e os místicos de então, liderados por Bezerra.
No site “O Franco Paladino”, consta a seguinte declaração de Bezerra:
"Não divergem no que é essencial, mas sim no modo de compreender a verdade..."
E foi isso que Bezerra de Menezes disse. Podem dizer que Bezerra era bondoso. Que Bezerra era caridoso. Que Bezerra tinha atitudes humanitárias. Não é isso que está em discussão, mas sim que Bezerra conseguiu a presidência da FEB, pela posição de defender “Os 4 Evangelhos”, que consta no Estatuto da FEB, em seu art. 1º parágrafo único que "Além das obras Básicas da Codificação de Allan Kardec, o estudo e a difusão do Espiritismo compreenderão também a obra "Os Quatro Evangelhos" de J.B. Roustaing".
FEDERAÇAO ESPIRITA BRASILEIRA
Bezerra, por ser muito católico, ao se tornar espírita,
logo se sentiu atraído pela corrente que defendia e pregava o roustainguismo,
chegando mesmo, como presidente que fora da FEB, a considerar o livro
roustainguista como parte integrante do órgão febiano.
Ninguém aqui nega que Bezerra tenha sido um espírito de bom coração, que tenha feito jus ao epíteto de “medico dos pobres”, mas ninguém disse tambem que ser bondoso, mesmo que extremamente bondoso, faz com que a pessoa tenha atitudes lógicas e inteligentes. E embora a escolha seja algo inteiramente pessoal, não há como negar que Bezerra fez uma escolha ilógica e cheia de contradições e pior, impingiu essa escolha a toda uma coletividade de espiritas, cujos efeitos se fazem sentir até hoje na relação dos espiritas, com uns aprovando o que veio de incoerência depois, pensamentos herdeiros do roustainguismo e outros discordando sensatamente de pensamentos incoerentes e se posicionando pela coerência doutrinaria.
Em outras palavras, Bezerra deixou que uma questão de gosto pessoal “estragasse” o movimento espírita por décadas, fazendo ter inicio um cisma entre os espíritas até hoje, que passou por uma disputa entre os cientificistas, liderados por Angeli Torterolli e os místicos de então, liderados por Bezerra.
No site “O Franco Paladino”, consta a seguinte declaração de Bezerra:
'Um leitor do jornal "Gazeta de Notícias" , em
carta do dia 22 de abril de 1897, fez a seguinte pergunta ao Dr. Bezerra de
Menezes: "... podemos tomar os livros publicados pelo Dr. Saião como
normas a seguir em nosso Grupo?" (Como se sabe, Saião também era
roustainguista). Bezerra prontamente respondeu: "Allan Kardec só apanhou o
que os Altíssimos Espiritos da legião do Espírito de Verdade lhe deram - e estes
só deram o que era compatível com a compreensão atual do homem terreal (...)
Eis que já apareceu Roustaing, o mais moderno missionário da lei, que, em
muitos pontos, vai além de Kardec, porque é inspirado como este, mas teve por
missão dizer o que este não podia, em razão do atraso da Humanidade."
"Não divergem no que é essencial, mas sim no modo de compreender a verdade..."
"Roustaing confirma o que ensina Allan Kardec, porém,
adianta mais que este (...) é, pois, um livro precioso e sagrado o de Rostaing
(...) O livro de Saião é um resumo do de Roustaing, com as vantagens de Allan
Kardec" (Ver Sylvo Brito Soares em "Vida e Obra de Bezerra de
Menezes" págs. 98 e 99, 2ª edição da FEB).
E foi isso que Bezerra de Menezes disse. Podem dizer que Bezerra era bondoso. Que Bezerra era caridoso. Que Bezerra tinha atitudes humanitárias. Não é isso que está em discussão, mas sim que Bezerra conseguiu a presidência da FEB, pela posição de defender “Os 4 Evangelhos”, que consta no Estatuto da FEB, em seu art. 1º parágrafo único que "Além das obras Básicas da Codificação de Allan Kardec, o estudo e a difusão do Espiritismo compreenderão também a obra "Os Quatro Evangelhos" de J.B. Roustaing".
Quer dizer, juntaram no estatuto coisas tão inconciliáveis
quanto o oleo e a agua, ou seja, não misturáveis.
Podem avançar no tempo e dizerem que o espírito Bezerra,
disse através da mediunidade de Chico Xavier que, KARDEQUIZAR É A LEGENDA DE
AGORA e isso difere do que Bezerra encarnado dissera anos antes
ao leitor no jornal. Os espíritos evoluem, se tal mensagem por Chico for
verdadeira, mas Chico não foi o mesmo médium que disse que em “Brasil, Coraçao
do Mundo, Pátria do Evangelho" Roustaing fora o coadjutor de Kardec na
codificação, quando vimos que não foi?
FEDERAÇAO ESPIRITA BRASILEIRA
A FEB,
como acabamos de ver, é roustainguista até a alma. Dizem que ela até tentou
suprimir do estatuto a obrigatoriedade de ter que estudar e difundir “Os 4
evangelhos”, mas que o roustenguista Luciano dos Anjos entrou na Justiça para
impedir que o estatuto passasse a não conter mais a obra de Roustaing como
obrigatória. Não sei se Luciano dos Anjos é diretor da FEB, presidente sei que
não é, mas acho estranho que alguém que não seja membro representativo de órgão
como a FEB e mesmo que seja diretor tenha um poder de impedir na Justiça a
suposta vontade dos membros desse mesmo órgão de expurgar algo que seja do
estatuto.
Fica a pergunta: será que foi o Luciano mesmo que
entrou na Justiça para impedir o expurgo, se é que foi dada entrada mesmo? Ou
será que foi a própria FEB que inventou isso pra posar de boa moça, como quem
diz “tentamos, mas não conseguimos tirar os 4 evangelhos do estatuto”?
Outro
ponto a falar sobre a FEB, é sobre a mensagem do pseudo-Kardec
rustenista/ismaelita, psicografado, não por acaso por um médium rustenista,
Frederico Junior. (as frases abaixo do pseudo Kardec foram tiradas do pdf
intitulado “Analise das Mensagens do Anjo Ismael” de autoria de Artur
O
pseudo-Kardec da FEB renuncia á sua condição de Codificador do Espiritismo ao
declarar que a Doutrina Espírita está contida nos "Os Quatro
Evangelhos" de Roustaing -A Revelação da Revelação:
"...
tudo converge para a Doutrina Espírita -Revelação da Revelação". (pág. 16)
O
"templo" de Ismael é exaltado:
"Disciplinai-vos
pelos bons costumes no Templo de Ismael..." (pág. 19)
Como se
vê, num centro doutrinariamente roustainguista, a mensagem atribuída a Kardec
não poderia ser de outra forma. Os espíritos, adeptos do Docetismo (que pregava
o corpo aparente de Jesus), ressuscitado por Roustaing, a cuja falange pertence
Ismael, forjaram um Kardec para atestar a suposta missão do "anjo"
Ismael e a importância da "Revelação da Revelação".
Um Kardec
irreconhecível, que sai em defesa desesperada de Ismael e diz:
"Assim,
quando os inimigos da Luz -quando o espírito da trevas julgava esfacelada a
bandeira de Ismael, símbolo da Trindade Divina..." (pág. 14)
Vemos dois erros graves: a expressão "espírito das
trevas", que Kardec jamais usou, por ser errada e inadequada (ver pergunta
361-A de O LE), e a defesa da trindade divina, inaceitável para o Espiritismo.
O Kardec da FEB é místico .
Vejam só:
"Se fora possível, a todos os que
estremecem diante desses quadros horrorosos, praticar o jejum de que falava
Jesus aos seus apóstolos; se fora possível a cada um compreender o papel do
verdadeiro sacerdote, de que se acha incumbido, quando procura repartir a hóstia
sagrada, no altar de Jesus, com seus irmãos na Terra." (p.250)
"A caridade que exclui a razão, a prudência e o bom-senso -a verdadeira caridade -é instintiva!" (p.29)
E se contradiz mais adiante:
"Assim pois, o bem deve ser feito
indistintamente, seja qual for o terreno em que houvermos de praticar. Mas, nem
o próprio bem pode excluir a nossa razão, quando, tratando-se da justiça de
Deus, pretendemos contrariá-la." (p.36)
E a FEB tem muito outras coisas mais que
poderíamos contar como casos de lesa-doutrina, pois por ela se intitular a
“casa-mater” do Espiritismo, repousaria sobre ela o papel de ser fiel guardiã
da pureza doutrinária, mas o que vimos e vemos é um show de desrespeito ao
Espiritismo, de esquecimento do pensamento kardequiano. E a grande maioria das
falhas febianas ou de pessoas ligadas a FEB, sejam estas dirigentes ou médiuns,
tem o denominador comum Jean-Baptiste Roustaing, seja por ignorância ou por conivência
consentida e poderíamos enumerar Antonio Luiz Sayão (1829) e Bittencourt
Sampaio (1834) os primeiros espíritas a serem fascinados em terras tupiniquins
pelo chamado “anjo Ismael”.
"Assim pois, o bem deve ser feito
indistintamente, seja qual for o terreno em que houvermos de praticar. Mas, nem
o próprio bem pode excluir a nossa razão, quando, tratando-se da justiça de
Deus, pretendemos contrariá-la." (p.36)
E a FEB tem muito outras coisas mais que
poderíamos contar como casos de lesa-doutrina, pois por ela se intitular a
“casa-mater” do Espiritismo, repousaria sobre ela o papel de ser fiel guardiã
da pureza doutrinária, mas o que vimos e vemos é um show de desrespeito ao
Espiritismo, de esquecimento do pensamento kardequiano. E a grande maioria das
falhas febianas ou de pessoas ligadas a FEB, sejam estas dirigentes ou médiuns,
tem o denominador comum Jean-Baptiste Roustaing, seja por ignorância ou por
conivência consentida e poderíamos enumerar Antonio Luiz Sayão (1829) e
Bittencourt Sampaio (1834) os primeiros espíritas a serem fascinados em terras
tupiniquins pelo chamado “anjo Ismael”.
Também contam-se entre aqueles que
contribuíram com desinformações e inverdades, também lesando o conhecimento
doutrinário, pessoas como Edgar Armond (1894), que escreveu a obra esotérica,
digo “espirita”, “Os Exilados de Capela”; Guillon Ribeiro (1875), que alem de
traduzir o prefacio de “Os 4 Evangelhos” de Roustaing, onde o mesmo achincalha
Kardec, ainda dá razão Roustaing, Guillon Ribeiro nos faz o “favor” sem o qual
nós, espíritas, não teríamos como viver, o de importar para o Brasil, o livro
“A Grande Síntese”, de Pietro Ubaldi. E temos ainda, Ismael Gomes Braga, outro
que “contribuiu” enormemente para o Festival de Besteiras que Assola o
Movimento Espírita (o FeBeAME), com seu livro baseado em Roustaing, chamado de
“Elos Doutrinários”, quando este falava de tudo, menos de doutrina, o que
mereceu um livro-resposta de Julio Abreu Filho (1893), um defensor da pureza
doutrinaria e cujo livro foi chamado “Erros Doutrinários”, uma ironia, uma
parodia muito séria do titulo do livro de Ismael Gomes Braga.
CHICO XAVIER
Chico Xavier é outro que, a exemplo de
Bezerra de Menezes, foi influenciado fortemente pelo catolicismo, só que ao
contrario de Bezerra, não se convenceu do Espiritismo pela leitura, mas sim
pelo fenômeno mediúnico.
Igualmente,
tal como Bezerra, Chico é considerado por sua bondade e caridade, mas as
pessoas apenas admiram, sem contudo repetirem ou sequer tentarem repetir o que
a pessoa alvo da admiração pratica, ou seja, apenas idolatram, alguns até
fanatizadamente, mas o fato de até reconhecermos a bondade e prática da
caridade por Chico, não nos obriga, não está vinculado a uma aceitação, uma
concordância do que Chico diga no campo “doutrinário”(?) sem a necessária
concordância do ensino dos espíritos, que dizia Kardec, seria a única garantia
séria que o que os espíritos dissessem teria e as coisas que os espiritos
Emmanuel e André Luiz falavam nunca tiveram essa concordância dos espíritos, e
as vezes nem entre os citados espíritos eles concordavam.
Dos espíritos
que acompanhavam o Chico, o mais rustenista de todos era o jesuíta Emmanuel que
por varias vezes desmentia e desautorizava Kardec, como no caso do livro
Consolador, em que dizia que Espiritismo era “Ciência, Filosofia e... Religião”
em vez do que o Codificador nao cansava de dizer, isto é “Ciência, Filosofia e
MORAL”.
E depois
dizia para Chico que caso ele, Emmanuel dissesse algo contrario ao que Kardec
dissera, que o abandonasse e ficasse com Kardec. Mas, Chico seguiu o seu amigo
espiritual? Nesse caso e em qualquer outro que Emmanuel dissesse algo contrario
ao que Kardec dissera, ele abandonava Kardec e ficava com Emmanuel. Seria o
caso de perguntar:
- Será que
Chico conhecia, sabia o que Kardec dissera pra ficar com ele e não com
Emmanuel? Ou será que com tantos livros para psicografar, com tantas cartas de
filhos mortos de mães desesperadas para consolar, não sobrava tempo pra Chico
ler a doutrina que diz que abraçara?
O rustenismo
é deturpação perigosa, porque se alastra sorrateiro, não em suas obras
principais, mas mediante livros psicografados por Chico Xavier.
Leia mais no
site “O Primado de Kardec” do companheiro Sergio Aleixo :http://oprimadodekardec.blogspot.com/201 1/02/capitulo-13-o-rustenismo-nas-obras- de.html
E assim, se lermos atentamente e observarmos
atentamente a historia do movimento espírita no Brasil, principalmente, veremos
o roustainguismo enfronhado no movimento espírita subrepticiamente e esse
enfronhamento se verificaria como Erasto dizia aos espíritas de Bordeaux e por
tabela aos espiritas atuais: “...Tereis de lutar não só contra os orgulhosos,
os egoístas, os materialistas e todos esses infelizes que se acham imbuídos do
espírito do século, mas, ainda e principalmente, contra a turba dos Espíritos
enganadores que, encontrando em vosso meio uma rara reunião de médiuns, pois a
tal respeito sois os mais favorecidos, logo virão assaltar-vos: uns,
com dissertações sabiamente combinadas, nas quais, graças a algumas tiradas
piedosas, insinuarão a heresia ou algum princípio subversivo; outros, com
comunicações abertamente hostis aos ensinos dados pelos verdadeiros
missionários do Espírito de Verdade(...)”
Ora, sem querer afirmar nada, mas já afirmando: em
quem essa frase em vermelho se encaixa? Piedoso, espalhando princípios
subversivos e por vezes, se comunicaram contra ensinamentos constantes na
codificação, mas “humildemente” diziam para abandona-lo e ficar com Kardec,
caso dissesse algo contrario ao que o Codificador dissera?
E quanto a Chico? Prefiro acreditar que
ele foi também bucha de canhão ingenua para espíritos e encarnados, ambos
interesseiros, que mutilaram, adulteraram varias psicografias de Chico para
caber no rustenismo. Não que a meu ver, essa ingenuidade faça de Chico
inocente, pois ninguém pode alegar desconhecimento da lei para pretextar
inocência. É assim na lei humana e é assim na lei divina, e ele também tem
parcela de culpa na alienação doutrinária que contaminou grande parte dos
espiritas.
Para
concluir, já que são muitos os maus exemplos que lesaram a doutrina e
prosseguem lesando, agora numa massa de manobra formado por centenas de
papagaios que repetem, sem raciocinarem, no o que outros disseram ou escreveram
antes e assim não evoluem, citarei a frase que Julio de Abreu Filho, o defensor
da pureza doutrinaria, disse em “Erros Doutrinários”:
"Se a
Federação Espírita Brasileira se sente com vocação para ser uma federação
espírita brasileira; se a grande maioria dos espíritas brasileiros são
kardecistas e desejam a modificação do statu quo criado pelos roustainguistas;
se estes (os roustainguistas), estão realmente convencidos das excelências de
seu cisma, por que então não concordam em tirar a limpo aquilo que os
kardecistas impugnam?"
E conclui:
"Se a F.E.B. está com a verdade, é magnífica oportunidade de esclarecer
seus opositores, que também são filhos de Deus. Se não o aceitar, é que teme a
verdade. Restará então aos kardecistas continuarem proclamando a verdade com a
FEB, sem a FEB, ou apesar da FEB"
Muito bem! É
assim que devem agir os verdadeiros cientistas espíritas, já que Espiritismo é
uma ciência como o definiu Allan Kardec.
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