sábado, 25 de agosto de 2012

Refletindo Sobre Arcabouços Psicológicos Do Espiritismo





Como sabemos a Doutrina Espírita foi codificada por um ocidental, encarnado num país ocidental, a França, a partir de comunicações que, em sua imensa maioria foram de espíritos que viveram, quando encarnados, no Ocidente e nada mais natural que o arcabouço psicológico de todos eles, espíritos e codificador, fosse pautado em bases cristãs, daí elegerem o cristianismo como base da moral espírita e Jesus como o guia e modelo e Kardec lançasse o Evangelho Segundo o Espiritismo, mas...


Imaginemos que a Doutrina espírita houvesse sido codificada não na França e sim em um país muçulmano, por um codificador árabe, talvez um Ali Kadafi, e ditado por espíritos muçulmanos. Teríamos um Alcorão Segundo o Espiritismo? Seria Allah o guia e modelo da humanidade?


Ou se o espiritismo fosse codificado na Índia por um Ananda Kadesh, que seria orientado por espíritos indianos. Acaso teríamos um Bagavah Gita Segundo o Espiritismo e Krishna seria o guia e modelo da humanidade?


Por que o Espiritismo TEM que ser cristão? Acaso, a moral espírita não é universal? Por que restringi-la a UM, quando MUITOS em VARIAS épocas e lugares trouxeram mensagens e ensinamentos morais? Na Índia, poucos ouviram falar de Jesus, nos paises árabes muitos nem o seguem, então não seria um dificultador para a divulgação do espiritismo, um “espiritismo cristão”, em vez de um espiritismo apenas, de caráter universal? Jesus é mais conhecido no Ocidente, então por que o exclusivismo numa doutrina universal?


"Nao seriam as citações de Jesus e derivados, feitas no espiritismo, apenas herança de uma cultura judaico-cristã, caracteristica predominante numa sociedade ocidental, na qual o espiritismo é mais conhecido (ou é so conhecido no ocidente), de modo a que nós, ocidentais, pudessemos entender a parte moral da doutrina?"