sábado, 30 de julho de 2011

Chico Xavier e o Espiritismo - Por Manoel Barboza*

*Manoel Barboza é apresentador do programa "Terceira Revelação na TV" – TV FOCUS – CANAL 20 / sábados e domingos às 9 h e o texto foi retirado do Blog dos Espíritas

"A Doutrina Espírita constitui um mecanismo perspicaz e racional de conhecimento da verdade sobre a origem e o fim de tudo que existe. É o consolador prometido por Jesus que veio dar sequência ao cristianismo à luz da lógica e da razão com os seguintes princípios básicos: existência de Deus, existência e sobrevivência da alma, pluralidade das existências (reencarnação), mundos habitados (as diversas moradas da casa do Pai), comunicabilidade dos espíritos e perfeição para todos.

Esse conjunto de princípios revelado no séc. XIX pelo mecanismo mediúnico ou sensitivo de centenas de pessoas desconhecidas umas das outras e em várias partes do planeta, identificadas como médium, oriundas de quaisquer religiões, está alicerçado em três pilares dos conhecimentos humanos, ou seja, o da filosofia, o da ciência e o da melhor ética comportamental para se viver em paz e harmonia com tudo, que se traduz na moral ensinada por Jesus.

É comum, por ignorância ou má-fé, a insistência na fusão de mediunidade com Espiritismo, como se fossem sinônimos. Existem médiuns (sensitivos capazes de captar inteligências fora de si e manifestá-las pela escrita, voz ou diversas outras ações, independentes de suas religiões), que são ou foram excelentes receptores dessas informações que podem provir de inteligências (espíritos) boas ou más, de alto nível intelectual. É como os aparelhos de rádio: captam as mensagens de onde são sintonizados, e de acordo com os interesses dos indivíduos.

Naquilo que se instituiu e está por aí, como movimento espírita, por exemplo, por influência de interesses comerciais e administrativos dominantes, a confusão visa ao lucro. É só observar que o tal movimento espírita só abraça e explora a mediunidade psicográfica, que gera livros e mais livros, que podem ser vendidos.

Não interessa usar como prova da mediunidade, por exemplo, aquela de efeito físico utilizada por Jesus que é muito mais tocante e até convincente (quando verdadeira), porque esse tipo é do próprio médium e não pode ser comercializado pelo sistema federativo que se mantém às custas dos valores arrecadados no mercado da mediunidade psicográfica (como a do Chico Xavier) mesmo que esta turve e afaste o conhecimento espírita.

Usam, abusam e exploram, por exemplo, o pobre homem (já falecido) Francisco Cândido Xavier, que pouco ou quase nada entendia de Espiritismo.

Era católico por origem e tendência mariana. Rezava Ave Maria, não era doador de órgãos, tinha medo da morte, era devoto de Nossa Senhora da Abadia, proibiu que seu sepultamento fosse em Pedro Leopoldo/MG (onde nasceu) porque lá foi excomungado pelo padre, deixou palavras ‘secretas’ para identificá-lo em futuras mensagens, processou o médium Divaldo Franco por plágio em tema de origem mediúnica etc, etc, tudo em absoluto desacordo com o que se espera de quem conhece a doutrina espírita conforme ela está em O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, obras básicas da Codificação.

Tirando do Chico a mediunidade, nada o caracteriza como espírita. Nenhum dos mais de 400 livros foi de sua autoria. Foi um homem simples que morreu pobre e com poucos conhecimentos intelectuais, tendo sido usado por espíritos do jeito que eles (espíritos) quiseram e, com essa trajetória, intermediou centenas de livros que, apesar de frases e textos bonitos (o que é muito comum em todos de autoajuda), contaminam com erros doutrinários graves, o verdadeiro Espiritismo codificado por Allan Kardec.

A FEB – Federação Espírita Brasileira (detentora da maioria dos direitos autorais cedidos pelo médium), é a maior interessada em transformá-lo em ‘ícone’ do Espiritismo ou até mesmo ‘santo’, já tendo armado um esquema nacional para esse incremento, pouco lhe interessando as consequências de o Chico não ter sido espírita.

O que importa é o mercado de livros,
cujo conteúdo a FEB criminosamente deixou de corrigir, permitindo a infiltração de preconceitos e dogmas de fé cega do passado (principalmente católicos), com distorções e contrariedades doutrinárias que misturam o conteúdo do Espiritismo num escandaloso sincretismo com o catolicismo que lhe dá mercado.

No programa Terceira revelação na TV, que apresento aqui em Nova Friburgo na TV Focus – canal 20, há mais de seis anos, tenho conseguido esclarecer muitos e muitos que buscam uma doutrina séria, respeitável e convincente pela razão e pelo bom senso, ou seja, a doutrina espírita conforme está codificada por Allan Kardec.

Por isso devo alertar: conhecer o Espiritismo, só pelas obras codificadas por Kardec que constituem as cinco básicas já citadas acima. Fora delas é como o cristianismo pulverizado em milhares de Igrejas e dezenas de Bíblias, cada uma impondo as ‘verdades’ de acordo com seus interesses formados pela vaidade, arrogância, orgulho, dividindo mais e mais os homens com as ameaças da ‘vingança’ de Deus que com a certeza deles, serão jogados nas fornalhas eternas, ‘criadas’ por aquele que dizem aceitar como supremo smor, justiça e perfeição. Algo pior que as fornalhas do nazismo que foram passageiras.

As de Deus (segundo todas as igrejas que se dizem cristãs, exceto o Espiritismo) são eternas. Para sempre. Não tem fim. Sinistro, não?

Finalizando, não levem a sério essa campanha puramente interessada na fama, dinheiro e poder que estão levantando em nome do pobre médium, não espírita, Francisco Cândido Xavier.

Bom, simples, humilde e caridoso como milhares de homens e mulheres deste Brasil que anonimamente estão cumprindo a vontade de Deus. Entretanto absolutamente inadequado para ser apontado como fonte do conhecimento espírita e, principalmente, como caminho a ser seguido.

Pobre dos grupos que se dizem espíritas e que, num gesto de desespero tentando marcar suas presenças e acender suas luzes (ou velas), apelam para um brado de ‘glória’ e suicídio doutrinário espírita, entregando-se a ele, o pobre Chico, e, como ele, acabando devotos de N. Sra. Abadia sob o manto sagrado da ‘virgem’.

Conheçam o verdadeiro para não serem iludidos pelo falso.

Em matéria de Espiritismo, só estudando, pesquisando e analisando O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, todos organizados por Allan Kardec. O resto pode ser falso . Cai quem quer!!"

terça-feira, 26 de julho de 2011

Intelecto e Inteligência: São a Mesma Coisa?





Eu já vi, li e ouvi espíritas confundirem intelecto com inteligência, como se fossem a mesma coisa, mas não são. E confundem principalmente, quando se fala no progresso intelectual, talvez para justificar a maior inteligência de uns sobre, outros como fator de maior (ou melhor) “espiritização”. Já vi espíritas dizerem que a inteligência precede a moral na evolução, apenas porque o Livro dos Espíritos fala, na questão 780, que o progresso moral decorre do progresso intelectual, mas que nem sempre o acompanha imediatamente.

Está aí evidenciada a confusão que muitos espíritas fazem entre intelecto e inteligência, mas se fossem a mesma coisa. Kardec (filólogo que era) não usaria as duas palavras como coisas distintas, pois ora ele fala em intelecto, ora fala em inteligência, mas como coisas distintas, pois se não fossem, por que Kardec não falou em “progresso da inteligência”? Tanto faria um termo quanto outro? Creio que não, já que o Codificador não era de usar termos indistintamente e nem disse que eram sinônimos e alem do mais, seria exigir de Kardec, um didatismo, que o povo europeu do século XIX, não necessitava, mas que nós brasileiros atuais precisamos, pois nos acostumamos a não ler, a não interpretar textos, a não procurar conhecer, nos acostumamos a não termos cultura (que é diferente de inteligência, que por sua vez é diferente de intelecto), enfim

Mas, vamos às evidencias, que podem ou não serem aceitas por voces.



O professor em filosofia, Paulo Faitanin, da UFF, explica que “Não raro se confunde intelecto com inteligência. Vejamos: o intelecto é uma faculdade, portanto um ato. O exercício deste ato é a inteligência. Por isso,denomina-se inteligente àquele que faz o uso desta faculdade.”

Paulo Faitanin diz que intelecto é uma faculdade, mas faculdade de que? Simples: faculdade de pensar, de emitir pensamentos. E, também o filósofo afirma que a inteligência é o exercício da faculdade de pensar, isto é, de aprender, conhecer e compreender. Quem já não leu a definição que inteligência é a capacidade de resolver problemas, ou seja, pelo pensamento treinado, exercitado continuamente? Em outras palavras ainda, a inteligência é desenvolvida pelo intelecto.

Deste ponto de vista, um analfabeto pode até não ter inteligência, mas não terá intelecto? Afinal, ele não emite pensamentos contínuos? Um analfabeto não seria um espírito encarnado e em sendo um espírito encarnado, ele não teria o atributo inerente a todos os espíritos que é a faculdade de pensar, ou seja, o intelecto?

Mesmo quanto a inteligência, temos que ter cuidado, pois afinal já se criou uma teoria de que há não inteligência, mas inteligências. Respondam rápido: Quem é (ou foi) mais inteligente: Einstein ou Pelé ?

Ambos. Einstein era inteligentíssimo no campo dele, a Física, mas era uma toupeira com a bola nos pés e Pelé era e é um gênio com a bola, mas como Físico (e também dando palpites no que não lhe compete), ele é uma lesma.


E os animais tem inteligência. Tem? Sim, tem. Na questão 593, Kardec pergunta:

- “Poder-se-á dizer que os animais só obram por instinto?”

E os espíritos respondem:

- “Ainda aí há um sistema. É verdade que na maioria dos animais domina o instinto. Mas, não vês que muitos obram denotando acentuada vontade? É que têm inteligência, porém limitada.”

Decerto, não podemos comparar o grau de capacidade de inteligência humana ao grau que os animais possuem, limitadas a evolução, que não da saltos, em cada espécie, mas que tem inteligência, os animais tem sim, mas ninguém achará uma linha sequer na codificação dizendo que os animais tem intelecto, pois a capacidade de formular pensamentos, esta é atributo apenas do espírito.

Quando no Livro dos Espíritos se diz que o progresso intelectual engendra o progresso moral, tornando compreensíveis o bem e o mal, quer APENAS dizer que, sem o desenvolvimento da capacidade de pensar, que só se atinge, como se deduz , atingindo a escala hominal , o homem não teria como conhecer o que é bem e o que que é mal. Não tem nada a ver com inteligência, como muitos poderão (e querem) pensar

Todo aquele que usa a inteligência, tem intelecto (ou seja, tem o atributo do pensamento), mas nem todo aquele que tem intelecto (e todos tem), usa necessariamente a inteligência.

Logo, pelo exposto, o intelecto e inteligência não são a mesma coisa.




sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sérgio Aleixo Analisa e Desmistifica Emmanuel

Sérgio Aleixo, expositor e presidente da Associação dos Divulgadores do Espiritismo - Rio de Janeiro, a ADE-RJ, analisa e desmistifica nessa palestra, a Emmanuel, confrontando-o com os postulados da Codificação Espírita.

Esse video é ótimo para os que ACHAM que conhecem a Doutrina Espírita, mas não conhecem, pois se conhecessem não aceitariam coisas como as que o "superespírito" Emmanuel, o guia do Ultramedium diz.





quinta-feira, 21 de julho de 2011

Queremos Um Espiritismo Sem Jesus?

Uma das acusações mais feitas aos ortodoxos é a de que querem tirar Jesus do Espiritismo e que por isso, os mesmos estariam sendo instrumentos das Trevas (Ui! Fiquei com medo! rsrs). Analisemos estas acusações e vejamos se ela é verdadeira ou não:

Primeiro que os espíritas ortodoxos são reconhecidos pela fidelidade a codificação e Jesus é constantemente citado nela, logo não podem ser contra algo que está na codificação, sob pena de contradizerem-se. O que os que acusam os ortodoxos de quererem tirar Jesus do Espiritismo é, na verdade, uma tentativa desesperada dos espíritas místicos ou religiosos, de desacreditarem os ortodoxos e assim, desviarem o foco de outras crendices que se instalaram no Movimento Espírita Brasileiro, tais como “espiritismo religioso”, “médiuns perfeitos e endeusados”, colônias espirituais e muito mais, que não está na codificação, e que os ortodoxos vem desmentindo, com bom senso, lógica e crivo da razão e argumentando sempre baseados no que a codificação diz.

O que se é contra, não é a figura de Jesus, mas sim contra o misticismo que a maioria dos espíritas brasileiros envolveu a figura de Jesus, misticismo esse que não está presente nas obras da codificação, mas que surgiu em terras brasileiras, principalmente graças ao livro anti – doutrinário, “Os 4 Evangelhos”, de Roustaing, que algum mentecapto, trouxe para ser publicado em terras brasileiras e que ganhou força, graças a um espírita da época, muito famoso, até hoje, ninguém menos que Bezerra de Menezes, o qual era católico até bem pouco antes de se declarar espírita.

E outros espíritas da época, fosse por terem vindo do catolicismo, fosse por influencia do livro roustainguista, passaram a ver Jesus não como “Guia e Modelo da Humanidade” (questão 625 do L.E), mas como Nosso Senhor Jesus Cristo e essa visão dos espiritas do século XIX ganhou força no século XX, com outra figura conhecida, Chico Xavier, que não obstante ter sido alguém muito bom e caridoso, carecia exatamente de uma visão mais apurada da doutrina espírita e era, como Bezerra, oriundo do Catolicismo, do qual na verdade, nunca parece ter se afastado e muitas de sua obras, são revestidas de uma linguagem católica, travestidas de espiritismo, que os demais espíritas, que também não tinham (e não tem) o crivo da razão, para analisarem o que lêem, aceitaram como parte da doutrina espírita, sem no entanto serem.

E assim, criaram-se algumas lendas espíritas, a do Supermédium, perfeito e incontestado por muitos; a de espíritos guias, infalíveis e incontestáveis (será que se fossem contestados, os contestadores iriam para o “umbral”?); a dos espíritos santos, a quem eram e são dirigidas preces pedindo intervenção nas coisas da vida, inclusive doenças (to me sentindo numa igreja evangélica), a do corpo fluídico de Jesus, o Culto (epa! Espiritismo não tem culto!!!) no Lar e a de Maria, numa conceituação puramente católica, como a Mãe Santíssima, tal como era chamada por Chico e que permeou muitos espiritas ate hoje.

Dirão alguns: E o que tem Chico chamar Jesus, de Nosso Senhor Jesus Cristo ou Maria, de Mãe Santíssima? Respondo eu: Nada, se pensarmos a nível de opinião individual, mas tudo, se pensarmos que tal opinião foi externada e influenciou milhares de espíritas e tal como as demais lendas, deturpou a doutrina espírita, que graças a preguiça e comodismo de muitos, passou a ser vista com elementos que, em verdade, ela não possui.

Mas, voltemos ao tema do tópico, embora não tenhamos saído dele. O primeiro a levantar a calúnia de que querem tirar Jesus do Espiritismo foi.... Chico Xavier! Isso mesmo, e que depois, outra pessoa, Jorge Hessen, que escreve no Reformador (órgão da FEB), aproveitou para descer a lenha no movimento ortodoxo. Vejamos o trecho de Chico Xavier:

"As falanges das trevas são muito poderosas, organizadas. O que elas desejam é expulsar Jesus do Espiritismo, e se tirarem Jesus do Espiritismo, este desaparecerá. Têm surgido, ultimamente, muitas práticas estranhas no movimento kardeciano. Estou alertando vocês porque eu tenho pouco tempo de vida e vocês devem defender esse tesouro".
"Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira comédia. Se tirarmos Religião do Espiritismo, vira um negócio. A Doutrina Espírita é ciência, filosofia e religião. Se tirarmos a religião, o que é que fica? Jesus está na nossa vivência diária, porquanto, em nossas dificuldades e provações, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é Jesus"

Só uma pergunta: onde foi que Chico viu que o Espiritismo é religião? Eu não vi escrito isso em nenhuma obra da codificação, ao contrario, eu vi Kardec dizer, não uma, mas varias vezes, que o ESPIRITISMO NÃO É RELIGIAO. O que Chico deve ter dito é que seu guia Emmanuel, disse isso, em flagrante contradição aos postulados espiritas, quando inventou o tal triangulo, com primazia do aspecto religioso (que nunca existiu de fato).

Mas, quem perdeu as estribeiras mesmo, foi Jorge Hessen, Emmanuelista de carteirinha assumido, ao dizer:

“É evidente que há um estranho movimento de alguns confrades, para expulsar Jesus do Espiritismo ou, pelo menos, reduzi-lo a mera figura de segundo escalão no ideário espírita, iniciativa infeliz que esbarra na firme convicção do próprio Kardec, que o reconhece como a figura mais importante da Humanidade”. (...)

“As trevas são poderosas? Claro! Atualmente, essas tropas, disfarçadas de espíritas, infiltradas no movimento doutrinário brasileiro, querem separar a parte científica, filosófica e religiosa da Doutrina, afirmando que o Espiritismo não é religião, ou seja, estão querendo colocar Jesus como coadjuvante do projeto do Espiritismo. "

As hordas das regiões densas são poderosas e se "organizam", uma vez que têm, como meta, a retirada de Jesus dos estudos espíritas. Se conseguirem retirar o Cristo da Doutrina Espírita, a casa espírita se transforma em escola de fantoches da ilusão, vira circo mesmo, vira comédia! Se abolirmos os estudos evangélicos do projeto espírita, vira negócio estranho, lembrava nosso velho Chico.”

E nós somos as trevas, ele diz. Bom, se somos trevas, então você e todos da FEB são anjos de luz. O senhor Jorge Hessen, como bom espírita evangélico que é, não deve desconhecer o que os evangélicos pentecostais dizem: “Satanás se disfarça em anjo de luz”. Não é tirando Jesus, se verdadeira fosse a acusação, que as chamadas trevas iriam acabar com o espiritismo, mas sim deturpando-o, aleijando-o, descaracterizando-o, tal como os espíritas místicos estão fazendo:
• Dizendo ser o espiritismo uma religião
• Dizendo que o aspecto intelectual é menos importante que o aspecto moral
• Inventando que Jesus é Governador da Terra
• Dizendo que o CUEE não tem mais vez
• E mais, muito mais...

• Dizendo, enfim, tudo que os chamados espíritas religiosos dizem.


Felizmente, ainda há espíritas conscientes, que sabem distinguir entre verdadeiro espiritismo e o “espiritismo” pré-moldado, catolicizado, pelos que querem matar a pesquisa, a lógica, a razão e o conhecimento. E para demonstrar que eu não quero, assim, como os demais também nao querem, tirar Jesus do Espiritismo (e sim o misticismo que tomou conta dele), eu cito duas frases de Jesus:

Se “o amor cobre a multidão de pecados”, só “ a verdade liberta (da ignorância)”. E o texto escrito por Jorge Hessen, está eivado de ignorância (nos dois sentidos: de educação e de conhecimento espírita), e a verdade que liberta, são os ortodoxos que estão recuperando e não os religiosos, alem de no texto dele, ele fazer mais acusações as discordâncias embasadas que se faz aos espiritas religiosos, do que realmente provas que se quer tirar Jesus do Espiritismo.

Texto completo de Jorge Hessen (para quem ainda quiser ler as bobagens que ele fala):

domingo, 17 de julho de 2011

O Apego De Joanna de Angelis Ao Passado e A Contradição De Divaldo Pereira Franco

O trecho a seguir é extrato de um ensaio do médium espírita Divaldo Pereira Franco sobre os pretos-velhos, que tem como título "Consciência”. Lembre-se: O que está em azul são palavras do próprio Divaldo.:

"... Na cultura brasileira, remanescente do africanismo, há uma postura muito pieguista, que é a do preto velho. E muitas pessoas acham que é sintoma de boa mediunidade ser instrumento de preto velho. Quando lhe explicamos que não há pretos velhos, nem brancos velhos, que todos são Espíritos, ficam muito magoadas, dizendo que nós, espíritas, não gostamos de pretos velhos. E lhes explicamos que não é o gostar ou não gostar. Se tivessem lido em O Livro dos Médiuns, O Laboratório do Mundo Espiritual, saberiam que se a entidade mantém determinadas características do mundo físico, é porque se trata de um ser atrasado.Imagine o Espírito que manquejava na Terra, porque teve uma perna amputada, ter de aparecer somente com a perna amputada. Ele pode aparecer conforme queira, para fazer-se identificar, não que seja o seu estado espiritual. Quando, ao retornar à Pátria da Verdade, com os conhecimentos das suas múltiplas reencarnações anteriores, pode apresentar-se conforme lhe aprouver.

Então, a questão do preto velho é um fenômeno de natureza animista africanista, de natureza piegas. Porque nós achamos que o fato de ter sido preto e velho, tem que ser Espírito bom, e não é. Pois houve muito preto velho escravo que era mau, tão cruel quanto o branco, insidioso e venal. E também houve e há muito branco velho que é venal, é indigno e corrompido. O fato de ter sido branco ou preto não quer dizer que seja um Espírito bom

Cabe ao médium ter cuidado com esses atavismos, e quando esses Espíritos vierem falando errado, ou mantendo os cacoetes característicos das reencarnações passadas, aclarar-lhes quanto à desnecessidade disso. Porque se em verdade, o preto velho quer falar em nagô, que fale em nagô, mas que não fale um enrolado que não é coisa nenhuma. Ou, se a entidade foi alemã na Terra e não logre falar o idioma do médium, que fale alemão, mas que não fale um falso alemão para impressionar.


Bom, o tema do debate não é preto-velho, mas eu coloquei aqui, pois o texto do Divaldo traz uma frase que, essa sim, é o cerne do tópico, o cerne da contradição de Divaldo, Repetindo a frase dele:

Se tivessem lido em O Livro dos Médiuns, O Laboratório do Mundo Espiritual, saberiam que se a entidade mantém determinadas características do mundo físico, é porque se trata de um ser atrasado.

Em outras palavras, Divaldo disse que se o preto-velho se apresenta com as caracteristicas de preto-velho, e porque ele é um espírito atrasado, porém Divaldo se esqueceu que a guia dele, Joanna de Angelis, se apresenta vestida de freira e com a aparência suposta de uma de suas ultimas encarnações, ou seja, características que ela teve no mundo físico.

Se Joanna de Angelis fosse mesmo um espírito superior, como dizem ser, ela já deveria ter despido da condição terrena de freira. Poderiam argumentar:

- Mas, ela aparece com aparência de Joanna de Angelis, para se fazer reconhecer mais facilmente pelas pessoas.


Ao que eu retrucaria:

- A freira Joanna de Angelis esteve encarnada no século 18. Quem em pleno século 20/21, em encarnações atuais, reconheceria um rosto que existiu no século 18? Logo, esse argumento de ser mais facilmente reconhecido pelas pessoas se refere a alguém que conheceu a alguém em encarnações que ocorreram no mesmo período de tempo, ou seja, que se conheceram quando o encarnado conheceu o desencarnado quando este estava vivo na carne

É mais lógico admitir que Joanna assumiu a forma de freira por que ela não se desligou do passado católico dela e apego ao passado reflete tratar-se de espíritos atrasados. E foi Divaldo quem disse isso. Que gafe, Divaldo. Por tabela entregou seu guia, Joanna, hein?

Mas poderiam ainda tentar argumentar em defesa de Joanna:

- Mas, devemos analisar Joanna pelo que ela escreveu, como a “Série Psicológica”.

Não deviam argumentar por aí, pois eu diria:

- Ok, analisemos a serie psicológica e com ela, Joanna. Comecemos a analise pelo que Kardec diz em O Livro dos Médiuns, em seu capitulo I, item 50:
- “Os Espíritos não ensinam senão justamente o que é mister para guiá-lo no caminho da verdade, MAS ABSTÊM-SE DE REVELAR O QUE O HOMEM PODE DESCOBRIR POR SI MESMO.
.
Entenderam? Os espíritos ABSTÊM-SE DE REVELAR O QUE O HOMEM PODE DESCOBRIR POR SI MESMO. E a Série Psicológica de Joanna é algo puramente terreno, ou seja, coisa que o homem pode descobrir por si só, ou seja ainda, ou seja, qualquer aluno do Curso de Especialização em Psiquiatria deve saber, DO PONTO DE VISTA PSIQUIÁTRICO, o que diz “JOANNA” sobre a Psicologia. Joanna de Angelis vem “revelar” conceitos que os psiquiatras e psicólogos já estão cansados de conhecer e o pior, conceitos de uma Psicologia ultrapassada. E isso não cai nada bem – revelar o que já foi revelado há muito – para um suposto “espírito superior”, não acham?
.
Ah, e não é so Joanna que se apega ao passado terreno dela. Emmanuel também se apega ao passado de senador romano, tanto que se apresentava com um. O que foi falado sobre Joanna também serve para ele e repetindo o que Divaldo falou:
.
Se tivessem lido em O Livro dos Médiuns, O Laboratório do Mundo Espiritual, saberiam que se a entidade mantém determinadas características do mundo físico, é porque se trata de um ser atrasado.

sábado, 16 de julho de 2011

Obras Subsidiárias e Obras Complementares

Muitos já devem ter ouvido falar em obras subsidiárias ou obras complementares, é usado indistintamente por muitos, da codificação, da doutrina ou do espiritismo. Mas, o que vem a ser obras subsidiárias e obras complementares? Existem de fato ou só de nome?

Inicialmente, vejamos o que as palavras significam:

1) Obras SUBSIDIÁRIAS: seriam obras que subsidiam a codificação, quer dizer, obras que, segundo o dicionário, viriam em auxílio da codificação, trazendo dados, informações, elementos que serviriam de subsídios, bases enfim, para o estudo da matéria (no caso a doutrina)

2) Obras COMPLEMENTARES: estas seriam obras que complementariam, segundo o dicionário, a codificação e complementar quer dizer completar.

E que obras são consideradas subsidiarias ou complementares? Não dá para relacionar, pois são consideradas assim, por muitos, desde as obras de Leon Denis, Gabriel Delanne até as de Zíbia Gasparetto, passando pelas de Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco.

As de Zíbia, Chico e Divaldo complementam algo? Completam a doutrina cientifica, filosófica e moral do Espiritismo? Reflitam e respondam para si mesmos. Dizem que a série “André Luiz” completa com a “informação” da existência de colônias espirituais. Mas, completa mesmo? Penso que não, pois Kardec codificou o espiritismo em 1857 (e lá ele e nem os espíritos falam de colônias) e Chico psicografou Nosso Lar em 1943. Dizem os defensores das colônias, que Kardec não disse sobre elas por que a humanidade ainda não estava pronta para saber delas. Ora, de 1857 a 1943 se passaram apenas 86 anos, menos de 1 século ou seja, nada em termos de evolução do conhecimento e da humanidade e a humanidade já estava pronta para saber de colônias???

Além disso, esta mesma obra traz a prova inequívoca do que dizemos. Afirma que a referida colônia fora criada no século 15, pelos colonos portugueses que vieram para o Brasil. Ora, 300 anos antes de Kardec e os espíritos da Codificação não disseram para Kardec dizer: “olha, no plano espiritual há colonias”. Não disse, porque não há.

Ora, a obra subsidiou alguma coisa ou seja, trouxe bases para a base que ajudassem na compreensão da mesma? Penso que não, aliás trouxe elementos que se somaram a outros que destoam da codificação. E destoar é não estar no mesmo tom. E pela mesma razão, esta obra não complementa, não se pode dizer que completa nada, pois na verdade não acrescenta nada doutrinariamente.

Já os livros de Denis e de Delanne, subsidiam a doutrina? Trazem bases que possam nos ajudar a entende-la? Com certeza, bem mais que os de Chico, Divaldo, Zíbia e congêneres, pois aqueles pretenderam contribuir com a base sem demoli-la, enquanto esses últimos desmentem a base, mesmo dizendo que a reafirmam, embora a enxertem com deturpações.

E assim, desse modo virou moda chamar todos os livros pós-Codificação, de obra subsidiaria ou de obra complementar. Se falarem “espiritismo” já chamam de subsidiaria, embora algumas estejam mais para “obsidiária”.

Cabe ao seu bom senso, ver o que é realmente subsidiaria e complementar da CODIFICAÇÃO, da DOUTRINA DOS ESPIRITOS e não achar que fantasias, vindas da cabeça seja de quem for, seja complementar ou dê subsídios a Doutrina espírita. Não compre gato por lebre.