Esse conjunto de princípios revelado no séc. XIX pelo mecanismo mediúnico ou sensitivo de centenas de pessoas desconhecidas umas das outras e em várias partes do planeta, identificadas como médium, oriundas de quaisquer religiões, está alicerçado em três pilares dos conhecimentos humanos, ou seja, o da filosofia, o da ciência e o da melhor ética comportamental para se viver em paz e harmonia com tudo, que se traduz na moral ensinada por Jesus.
É comum, por ignorância ou má-fé, a insistência na fusão de mediunidade com Espiritismo, como se fossem sinônimos. Existem médiuns (sensitivos capazes de captar inteligências fora de si e manifestá-las pela escrita, voz ou diversas outras ações, independentes de suas religiões), que são ou foram excelentes receptores dessas informações que podem provir de inteligências (espíritos) boas ou más, de alto nível intelectual. É como os aparelhos de rádio: captam as mensagens de onde são sintonizados, e de acordo com os interesses dos indivíduos.
Naquilo que se instituiu e está por aí, como movimento espírita, por exemplo, por influência de interesses comerciais e administrativos dominantes, a confusão visa ao lucro. É só observar que o tal movimento espírita só abraça e explora a mediunidade psicográfica, que gera livros e mais livros, que podem ser vendidos.
Usam, abusam e exploram, por exemplo, o pobre homem (já falecido) Francisco Cândido Xavier, que pouco ou quase nada entendia de Espiritismo.
Era católico por origem e tendência mariana. Rezava Ave Maria, não era doador de órgãos, tinha medo da morte, era devoto de Nossa Senhora da Abadia, proibiu que seu sepultamento fosse em Pedro Leopoldo/MG (onde nasceu) porque lá foi excomungado pelo padre, deixou palavras ‘secretas’ para identificá-lo em futuras mensagens, processou o médium Divaldo Franco por plágio em tema de origem mediúnica etc, etc, tudo em absoluto desacordo com o que se espera de quem conhece a doutrina espírita conforme ela está em O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, obras básicas da Codificação.
Tirando do Chico a mediunidade, nada o caracteriza como espírita. Nenhum dos mais de 400 livros foi de sua autoria. Foi um homem simples que morreu pobre e com poucos conhecimentos intelectuais, tendo sido usado por espíritos do jeito que eles (espíritos) quiseram e, com essa trajetória, intermediou centenas de livros que, apesar de frases e textos bonitos (o que é muito comum em todos de autoajuda), contaminam com erros doutrinários graves, o verdadeiro Espiritismo codificado por Allan Kardec.
O que importa é o mercado de livros, cujo conteúdo a FEB criminosamente deixou de corrigir, permitindo a infiltração de preconceitos e dogmas de fé cega do passado (principalmente católicos), com distorções e contrariedades doutrinárias que misturam o conteúdo do Espiritismo num escandaloso sincretismo com o catolicismo que lhe dá mercado.
No programa Terceira revelação na TV, que apresento aqui em Nova Friburgo na TV Focus – canal 20, há mais de seis anos, tenho conseguido esclarecer muitos e muitos que buscam uma doutrina séria, respeitável e convincente pela razão e pelo bom senso, ou seja, a doutrina espírita conforme está codificada por Allan Kardec.
Por isso devo alertar: conhecer o Espiritismo, só pelas obras codificadas por Kardec que constituem as cinco básicas já citadas acima. Fora delas é como o cristianismo pulverizado em milhares de Igrejas e dezenas de Bíblias, cada uma impondo as ‘verdades’ de acordo com seus interesses formados pela vaidade, arrogância, orgulho, dividindo mais e mais os homens com as ameaças da ‘vingança’ de Deus que com a certeza deles, serão jogados nas fornalhas eternas, ‘criadas’ por aquele que dizem aceitar como supremo smor, justiça e perfeição. Algo pior que as fornalhas do nazismo que foram passageiras.
As de Deus (segundo todas as igrejas que se dizem cristãs, exceto o Espiritismo) são eternas. Para sempre. Não tem fim. Sinistro, não?
Finalizando, não levem a sério essa campanha puramente interessada na fama, dinheiro e poder que estão levantando em nome do pobre médium, não espírita, Francisco Cândido Xavier.