sábado, 15 de setembro de 2012

Amazonas Hércules e Luiz Antônio Millecco: Homenagem a 2 Espíritas Com "E" Maiúsculo


Luiz Antônio Millecco Filho

Luiz Antonio Millecco Filho (Rio de Janeiro, 30 de junho de 1932 - 5 de fevereiro de 2005) foi musico-terapeuta, médium, escritor e conferencista espírita brasileiro

Último dos quatro filhos de Luiz Antonio Millecco e de Rosa de Carvalho Millecco, foi autor de mais de duzentas músicas e se graduou pelo Conservatório Brasil
eiro de Música, do Rio de Janeiro.

Criador da primeira técnica brasileira de trabalho clínico musico-terapêutico, denominada "Músico-verbal", tornou-se ainda escritor e médium psicógrafo, especialmente dedicado à literatura espírita. Era portador de deficiência visual, sendo cego de nascença, e ativo no combate aos direitos dos deficientes visuais.

Atuante personalidade do movimento espírita fluminense, orador, escritor e médium, trabalhando ativamente também pelo respeito e defesa do interesse dos deficientes visuais, Millecco é fundador e, foi Presidente do SPLEB (Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille), um dos quatros centros no Brasil que se ocupam da publicação de livros destinados aos deficientes visuais. É também fundador e dirigente do Grupo dos Samaritanos, onde desenvolve importante trabalho de atendimento, pelo telefone, às pessoas que buscam consolo e pacificação.

Casou-se com Iza de Oliveira Millecco, esta cega a partir da primeira década de vida, com quem teve dois filhos. Magali, falecida logo após o nascimento, e Luiz Cláudio, que seguiu a carreira musical. Ao ficar viúvo, Millecco casou-se com Maria de Fátima Rossi, com quem viveu até falecer.

Funda, juntamente com o marechal Mário Travassos e com Marcos Vinícius Teles, a Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille no Rio de Janeiro (30 de junho de 1953).

Em 2003, presidiu o 1° Congresso Internacional de Cegos Espíritas. Foi fundador e dirigente do Grupo dos Cireneus, onde através do Tele Cristo se desenvolve trabalho de atendimento, pelo telefone, às pessoas que buscam aconselhamento.

Foi também professor de Ensino Especializado, cargo que ocupou no Instituto Oscar Clark até aposentar-se. Foi ainda fundador e presidente da SPLEB (Sociedade Pró-Livro Espírita em Braile).

Entre suas obras, conta-se:
1988 Meu além de dentro e de fora;
2000 Doze passos rumo à paz interior;
2004 Olhos de ver – o desafio da cegueira;
A música “Ele Veio”;
Etc...






Amazonas Hércules

Amazonas Hércules nasceu em Manaus, no dia 5 de setembro de 1912, ficou órfão do pai antes de nascer e da mãe aos quatro anos de idade, sendo criado por sua madrinha, Lydia Cardoso Fernandes que por ser espírita, deu-lhe as primeiras noções do Espiritismo, conduzindo-o às reuniões da Federação Espírita do Amazonas, de cujas atividades participava como voluntária. Em 1954, Amazonas, portador da doença causada pelo bacilo de Hansen, antigamente chamada de lepra, internou-se na Colônia de Curupaiti, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde desencarnou em 28 de abril de 2004, aos 91 anos de idade.

Amazonas Hércules fez jus ao seu nome e sobrenome. Muitas pessoas sadias o procuravam em busca de ânimo para as lutas da vida. Inúmeras vezes, mesmo sofrendo, escondeu suas próprias lágrimas para confortar aqueles que precisavam do seu coração amigo e generoso.

No Centro Espírita Filhos de Deus, que funciona nas dependências da Colônia de Curupaiti, Amazonas Hércules foi secretário por muitos anos. Com as falanges dos dedos das mãos atrofiadas pela hanseníase, ele datilografava toda a correspondência pressionando as teclas da máquina de escrever com um lápis que segurava entre a parte superior do dedo indicador e a do dedo médio. Tendo amputado a perna esquerda, também em conseqüência da enfermidade, Amazonas se locomovia de muletas para proferir palestras em diversos Centros Espíritas do Estado, e participar do programa “Educar para Crescer” da Rádio Rio de Janeiro.

Ao longo dos 50 anos internado em Curupaiti, desenvolveu, no “Filhos de Deus”, amplas atividades assistenciais para o amparo dos familiares carentes dos hansenianos, mantidas até hoje, sendo uma delas a sala de curativos “Maria de Nazaré”.

Era poeta, e declamava com muita propriedade poesias suas e de diversos autores.


Nenhum comentário:

Postar um comentário