sábado, 16 de julho de 2011

Obras Subsidiárias e Obras Complementares

Muitos já devem ter ouvido falar em obras subsidiárias ou obras complementares, é usado indistintamente por muitos, da codificação, da doutrina ou do espiritismo. Mas, o que vem a ser obras subsidiárias e obras complementares? Existem de fato ou só de nome?

Inicialmente, vejamos o que as palavras significam:

1) Obras SUBSIDIÁRIAS: seriam obras que subsidiam a codificação, quer dizer, obras que, segundo o dicionário, viriam em auxílio da codificação, trazendo dados, informações, elementos que serviriam de subsídios, bases enfim, para o estudo da matéria (no caso a doutrina)

2) Obras COMPLEMENTARES: estas seriam obras que complementariam, segundo o dicionário, a codificação e complementar quer dizer completar.

E que obras são consideradas subsidiarias ou complementares? Não dá para relacionar, pois são consideradas assim, por muitos, desde as obras de Leon Denis, Gabriel Delanne até as de Zíbia Gasparetto, passando pelas de Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco.

As de Zíbia, Chico e Divaldo complementam algo? Completam a doutrina cientifica, filosófica e moral do Espiritismo? Reflitam e respondam para si mesmos. Dizem que a série “André Luiz” completa com a “informação” da existência de colônias espirituais. Mas, completa mesmo? Penso que não, pois Kardec codificou o espiritismo em 1857 (e lá ele e nem os espíritos falam de colônias) e Chico psicografou Nosso Lar em 1943. Dizem os defensores das colônias, que Kardec não disse sobre elas por que a humanidade ainda não estava pronta para saber delas. Ora, de 1857 a 1943 se passaram apenas 86 anos, menos de 1 século ou seja, nada em termos de evolução do conhecimento e da humanidade e a humanidade já estava pronta para saber de colônias???

Além disso, esta mesma obra traz a prova inequívoca do que dizemos. Afirma que a referida colônia fora criada no século 15, pelos colonos portugueses que vieram para o Brasil. Ora, 300 anos antes de Kardec e os espíritos da Codificação não disseram para Kardec dizer: “olha, no plano espiritual há colonias”. Não disse, porque não há.

Ora, a obra subsidiou alguma coisa ou seja, trouxe bases para a base que ajudassem na compreensão da mesma? Penso que não, aliás trouxe elementos que se somaram a outros que destoam da codificação. E destoar é não estar no mesmo tom. E pela mesma razão, esta obra não complementa, não se pode dizer que completa nada, pois na verdade não acrescenta nada doutrinariamente.

Já os livros de Denis e de Delanne, subsidiam a doutrina? Trazem bases que possam nos ajudar a entende-la? Com certeza, bem mais que os de Chico, Divaldo, Zíbia e congêneres, pois aqueles pretenderam contribuir com a base sem demoli-la, enquanto esses últimos desmentem a base, mesmo dizendo que a reafirmam, embora a enxertem com deturpações.

E assim, desse modo virou moda chamar todos os livros pós-Codificação, de obra subsidiaria ou de obra complementar. Se falarem “espiritismo” já chamam de subsidiaria, embora algumas estejam mais para “obsidiária”.

Cabe ao seu bom senso, ver o que é realmente subsidiaria e complementar da CODIFICAÇÃO, da DOUTRINA DOS ESPIRITOS e não achar que fantasias, vindas da cabeça seja de quem for, seja complementar ou dê subsídios a Doutrina espírita. Não compre gato por lebre.

Um comentário:

  1. Olá jorge tudo bem?
    Hoje eu acordei e liguei a tv e tive o desprazer de assistir na CNT o programa SALTO QUANTICO.

    Um manual de misticismo que vai do hinduismo ao espiritismo da uma 3 voltas e cai no besteirol exoterico multi facetado.

    O pior é as pessoas dando testemunho para o "medium" ao vivo.

    Mas sabe estou fazendo propaganda da livraria Chico Xavier aqui de canoas.

    A dona é apaixonada pelo São xico, começamos nossa amizade numa discussão em uma site que passa um programa de rádio aqui de canoas.

    Legal ver que você fez um blog para abrir mais canal de luz no meio de toda este escuridão do misticismo.

    Abraços.

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