quarta-feira, 14 de março de 2012

Pausa Para Humor: O Reino Da Morsa-Rei e Suas Foquinhas Amestradas - A Eseelândia

         Esse texto é uma Fábula Parabólica ou se preferirem uma Parábola Fabulosa, pois une em si características de duas formas de narração: a fábula e a parábola. A fábula, gênero que muitos conhecem os expoentes, tais como La Fontaine e Esopo entre outros, é caracterizada por  ter como personagens, animais que reproduzem características humanas, boas ou más,  e guarda uma mensagem no seu bojo.

           A parábola, é outro gênero que traz em seu cerne uma lição a ser aprendida e tornou-se conhecida como gênero por ter sido bastante utilizado por Jesus. Ao contrário da fábula, seus personagens são humanos fictícios e genéricos, quer dizer representam arquétipos.

          Nesse conto, que une características dos dois gêneros, tem animais (morsa e focas) que se situam em um reino ficticio, sendo entretanto baseados em pessoas e fatos totalmente reais e guarda, como toda parábola e fábula, uma mensagem, pode-se dizer, moral. Apesar de no titulo constar “Pausa para humor” e apesar da forma, os fatos retratados, bem como os personagens são bem reais e alguns irão reconhece-los de pronto.

Reino Gelado de Eseelândia

          Era uma vez um reino muito, muito distante de todos os de coração puro e quente, pois seus habitantes eram, tais quais o reino, muito frios quase, gélidos. Era o Reino da Eseelândia, que tinha apenas uma constituição, as regras formadas pela vontade de seu soberano, a Morsa-Rei e que os ministros do reino, seguiam sem discutir. 

O Soberano, Morsa-Rei

             Estes sinistros, digo ministros, eram formados por foquinhas amestradas, só que do tipo focas-lobos e eram amestradas porque batiam palmas, como toda boa foca, para as bobagens que a Morsa-Rei falasse.
As Foquinhas Ministras Amestradas Parecem Amigáveis (só parecem)

           Os demais habitantes também eram foquinhas que eram amestradas para não pensarem por si próprias e sim a esperar o pronunciamento a ser dado por seu deus, digo, por seu soberano, a Morsa-Rei, com o qual deveria concordar e acatar, isso se quisesse fazer parte da Eseelândia. Caso, o candidato a morador do reino falasse algo que contrariasse a Morsa-Rei ou alguma de suas foquinhas ministros, tinha a voz cassada, pois a Eseelândia não era um reino democrático, não era mesmo, isso quando não envergonhava o candidato a inquilino expondo seu nome na lista negra do reino, o que as foquinhas e a Morsa faziam com prazer, não se esquecendo nunca de ridicularizar os moradores que foram excluídos, e é claro, tal exclusão era sempre justificada por um dos 32040823198 itens da Constituição eseelandesa.

         Estranha e contraditoriamente, o Reino da Eseelândia, cuja capital é a cidade mais que proibida de Acfen, era espírita (era mais que proibida por que para viver lá  candidato teria que passar por um teste de iniciação e comprovar fidelidade partidária "ad infinitum". Ninguém sabia ao certo sua localização). Acertava ao querer valorizar Kardec, mas estranhamente não acatava o mesmo em questões como a caridade ou a moral, pois achava essas questões de menos importância , pois ouviam apenas a Morsa-Rei, que dizia que “a moral é individual”, sem explicar  o que queria dizer com isso e mais, sem provar isso. Mas, isso não importa afinal, se alguém discordar dele, alguma foca ministro está a postos, para “ministrar” uma lição de caridade no discordante.

            Um Candidato a Inquilino de Eseelândia Sendo Caridosamente Expulso Por Ousar Discordar da Morsa-Rei                   
        
        Em outras palavras, a Morsa-Rei e seus súditos são espíritas pela metade e não os espíritas 200% que eles julgam ser. Fingem fingir que se não importam com o que falam deles, mas a Morsa sempre fica de olho num Pica-Pau e é bom que fiquem de olho no Pica-Pau mesmo, pois enquanto ele existir "bicará" os objetivos da Morsa. Morsa-Rei é para os outros, submissos, amestráveis, não pro Pica-Pau, indomável, insubmisso.


Entrou por uma porta e saiu pela outra. Quem quiser que conte outra..



2 comentários:

  1. Ficou muito bom!
    As foquinhas não vão gostar, rsrsrsrsr

    ResponderExcluir
  2. Hahahaha... Muito bom! A arte imita a vida, a vida imita a arte!
    Só as foquinhas é que não baterão palmas...

    Abraço!

    ResponderExcluir