quarta-feira, 16 de maio de 2012

Querida Mãezinha



Esta expressão parece ser recorrente pelos desencarnados no plano espiritual. Nem "mãe adorada ou "mamãe" ou simplesmente "mãe", mas sempre "mãezinha querida". Isso para não dizer que nunca haviam pais queridos nem mesmo um "e aí, velho?" E os pais e mães desencarnados nunca eram procurados pelos filhos ainda encarnados na cidade de Uberaba. Talvez os coroas não merecessem saudades de seus filhos, apenas estes eram merecedores das lembranças de seus pais ou melhor, de suas "queridas mãezinhas", talvez por serem mais crédulas entre as que procuravam Chico Xavier.

E a nomenclatura - querida mãezinha - se repetiu com Divaldo Franco. E é uma das mães que falam no livro "Vitória da Vida", de Divaldo:

"À tarde fomos ao “abacateiro”, local onde Chico distribui donativos aos necessitados. Lá estavam os dois médiuns Chico e Divaldo. ENVIEI BILHETES E FOTOS DE MINHA FILHA AOS DOIS. ASSIM COMO EU, MUITAS MÃES FAZIAM O MESMO PEDIDO. Ali, Divaldo fez uma linda palestra. À noite, voltamos ao “Grupo Espírita da Prece” onde se realizam as palestras evangélicas e os trabalhos de psicografias em público.

Estava orando e pedindo à minha filha que me enviasse, pelo menos uma frase. Soube, por outras mães que ali estavam e que tantas vezes lá estiveram, das dificuldades das notícias.

Consegui chegar perto do nosso querido médium Divaldo, quando ele chegara ao portão de entrada do “Grupo Espírita Prece” e ali, rodeada de muitas pessoas que também procuravam sua oportunidade, consegui, rapidamente e chorando, me dirigir a ele:

– Divaldo, traga, ao menos, uma palavra de minha filha. Ao que me respondeu: 
– Calma, filha, confie em Deus! Ela é um Espírito muito bom.

Assim entramos e foram iniciados os trabalhos da noite. Não consegui entrar na sala, onde se realizam os trabalho Eram dezenas de pessoas. Fiquei do lado de fora, no pátio. Às vezes, chegávamos às janelas, mas só mesmo por algum lugarzinho, que nos era cedido por bondade das pessoas, é que conseguíamos vê-los psicografando.

Eram quatro médiuns: Chico, Divaldo, um senhor e uma senhora que me eram desconhecidos.

Ali ficamos horas, aguardando ansiosos. Afinal, terminadas as psicografias, ouvimos o nome da minha filha – Fernanda Maria. Era o médium Divaldo quem anunciava que aquela carta era de minha filha Fernanda dirigida a mim. Foi a primeira mensagem lida naquela noite."

Repararam nas letras em maiusculo? Pois Waldo Vieira, que trabalhou com Chico, durante vários anos, disse:

"Funcionários do centro espírita iam à fila pegar detalhes dos mortos. Ou aproveitavam as histórias relatadas por parentes nas cartas em que pediam uma audiência. As mensagens de Chico continham essas informações”

Ou seja, o mesmo fato que ocorria com Divaldo. Antes da sessão muitas famílias enviam cartas para o Divaldo informando sobre o falecido… não são todas, mas… parece ser significativo. Haja vista os dois relatos.

Para terminarmos, de onde viria esse "QUERIDA MÃEZINHA"? Esse era o modo como Chico se referia a Maria João de Deus, a querida mãezinha, em diversas obras sua. Um modo quase infantil de uma criança que aos 5 anos de idade se vê sem a presença fisica da mãe e é entregue a uma madrasta que o castiga diariamente. E a prova está em que aos 92 anos de idade, quando do facho de luz que entra no seu quarto de hospital, Chico diz que foi sua QUERIDA MÃEZINHA que o foi visitar.

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