Esse neologismo seria um efeito placebo do passe, cujos
"resultados" apenas a pessoa que os recebeu acredita que sente ou até
sente, embora a técnica do passe seja, a exemplo do PLACEBO, inócuo ou inerte,
tal como uma pilula de açucar que o paciente toma crendo tratar-se de um
antibiotico que irá curá-lo.
Por isso, pode-se dizer que o efeito PASSEBO é támbem um
efeito PASSICOLÓGICO, isto é, o passe produz efeitos apenas na cabeça da
pessoa, que opera efeitos psicossomáticos também, o que não quer dizer que caso
a pessoa tenha um cancer ou um HIV. que um passe irá resolver, apenas por a
pessoa acreditar ou querer muito que ele funcione.
Aliás, o passe sequer
existe como algo que faça parte da Doutrina Espírita. Podem procurar em
qualquer um dos 5 livros básicos de Kardec e também na Revista Espírita,
publicada pela SPEE, que verão que em nenhuma delas Kardec faz menção a PASSES,
ou seja, o Espiritismo não fala de passes, pois não existem passes,
doutrinariamente falando. O que Kardec
trata é tão somente no Livro dos Mediuns, acerca da Mediunidade Curativa ou de
Cura, que é o influxo magnetico (animal, se apenas do medium ou espiritual,
se com o concurso dos espiritos) sobre o
organismo debilitado do paciente. Mas, que ninguem creia que um medium curador seria
capaz de fazer um moribundo retornar a vitalidade ou de um medium de cura,
magnetizar o paciente perneta ou sem braços e faze-lo voltar a ter o membro, só
por ser medium curador.
Mas, no espiritismo, que não tem rituais ou cultos, as
pessoas criaram o ritual do passe, ou seja, criaram algo (o passe) que Kardec
sequer fala nele, e fizeram do passe um ritual, coisa que também não existe na
doutrina. E é fácil saber por que ritual.
Os passes são dados sempre no fim das reuniões, após as
palestras e as pessoas que vão tomar passes, o fazem sempre na sala ao lado,
que geralmente tem uma luz azul e os médiuns, os chamados médiuns passistas (eu
sempre achei que os médiuns iam sair sambando, por serem “passistas” – piada, não
pude resistir) em frente a cadeiras nas quais os que tomarão passes se sentarão. Os médiuns em seguida, passam de olhos
fechados, a darem os passes, enquanto os que tomam também ficam de olhos fechados.
Após o termino, as pessoas saem em
silencio da sala, enquanto os médiuns, quase em posição de sentido, aguardam os
seguintes que irão tomar passes.
E Kardec, ao falar sobre mediunidade curativa - que envolve magnetização – pergunta aos espíritos
se uma oração não faria a mesma coisa e a resposta deles é sim. Mas, então por
que os espiritas, hoje, ficam por 2 minutos mais ou menos, como que bancando mágicos,
com as mãos impostas sobre o corpo de quem vai tomar passe, se uma oração bastaria?
E quem toma os passes, por que
vão tomar, se na própria reunião (algumas) falam que o passe(?) já foi dado
durante as palestras? E sempre ficam uns 70% das pessoas, para tomarem passes,
indo fila por fila, para tomarem passes, mesmo que não estejam sentindo
absolutamente nada.
É ou não é ritual? A mediunidade curativa, falada “en
passand” por Kardec, no Livro dos Médiuns”, acabou virando hoje a cornucópia
capaz de curar tudo, desde um simples mal estar físico a um câncer grave; desde
algo orgânico a um aborrecimento moral. Ou pelo menos é assim que pensam. Por que?
Desinformação das pessoas, que ainda hoje são os espiritas
experimentadores, tambem classificados por Kardec dentre os tipos de espiritas,
que vão aos centros atrás de fenômenos e não do esclarecimento e conhecimento
que a doutrina espírita traz e contém. E da parte dos médiuns e dirigentes
tambem, pois se não estudam Kardec, não conhecem o espiritismo e sem conhecer a
doutrina não se esclarecem e se não se esclarecem como podem esclarecer os
outros?
É o caso de cegos guiando cegos, caindo todos no abismo. Seja com passes ou água fluidificada, outra ficção, a exemplo dos passes.
Vejamos agora, para encerrar, o que Kardec fala no Livro dos Mediuns, acerca da mediunidade curativa:
1ª) Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de médiuns?
"Não há que duvidar."
2ª) Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha.
"É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxilio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias."
3ª) Há, entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos?
"Pensas então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso, do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus."
4ª) Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos Espíritos? "
"Faria coisas que consideraríeis milagre."
5ª) Há pessoas que verdadeiramente possuem o dom de curar pelo simples contacto, sem o emprego dos passes magnéticos?
"Certamente; não tens disso múltiplos exemplos?"
6ª) Nesse caso, há também ação magnética, ou apenas influência dos Espíritos?
"Uma e outra coisa. Essas pessoas são verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a influência dos Espíritos; isso, porém, não quer dizer que sejam quais médiuns curadores, conforme o entendes."
7ª) Pode transmitir-se esse poder?
"O poder, não; mas o conhecimento de que necessita, para exercê-lo, quem o possua. Não falta quem não suspeite sequer de que tem esse poder, se não acreditar que lhe foi transmitido."
8ª) Podem obter-se curas unicamente por meio da prece?
"Sim, desde que Deus o permita; pode dar-se, no entanto, que o bem do doente esteja em sofrer por mais tempo e então julgais que a vossa prece não foi ouvida."
9ª) Haverá para isso algumas fórmulas de prece mais eficazes do que outras?
"Somente a superstição pode emprestar virtudes quaisquer a certas palavras e somente Espíritos ignorantes, ou mentirosos podem alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que, em se tratando de pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de determinada fórmula contribua para lhes infundir confiança. Neste caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia, mas na fé, que aumenta por efeito da idéia ligada ao uso da fórmula."
|
Recebi a resposta Jorge sobre o estudo comparado.
ResponderExcluirNosso Lar x Codificação.
Sabe qual foi a resposta do prof?
"Eu não sou espirita"
Simples assim, nem uma refutação ao artigo apenas isso.
Neste contexto eu só vejo uma saida, propagar o pensamento correto para que ainda não está mistificado.
Pois que já se drogou com as mistificações do movimento, não vai ser curado nesta vida só na próxima.